Atualizado em 06/07/2022 por Pedro Moraes
O Ministério da Saúde avalia a possibilidade de dez mortes terem acontecido no Brasil em função da hepatite de origem desconhecida, intitulada de hepatite misteriosa. De acordo com a pasta, os óbitos foram de pessoas do Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo.
Esses casos estavam no meio dos 96 que se encontravam na fase de investigação. Até o momento, 19 estados registram pacientes com sintomas da doença. Atrelado a isso, dez transplantes aconteceram, mas o ministério reforça que não existem casos consolidados da doença no país.
O maior número de casos em análise figura em São Paulo, com 32. Quatro das 21 cidades são da região metropolitana: Diadema, Embu-Guaçu, Itapevi e São Bernardo do Campo.
O diagnóstico da doença pode ser detectado por sintomas como febre, icterícia, convulsões, perda de consciência, urina escura ou fezes claras, dores nas articulações e dores musculares, náuseas, vômitos e perda de apetite.
De acordo com um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), 920 casos prováveis da doença aconteceram em 33 países, além de 18 mortes e 45 transplantes. A organização ainda destaca que existe casos prováveis, apesar de negar a efetividade da hepatite misteriosa no mundo.
No aspecto do sexo biológico dos pacientes, o último relatório indicava que grande parcela dos contaminados engloba o sexo feminino. Com relação à idade dos pacientes, 78% deles são crianças com idades inferiores a 6 anos.
A princípio, os casos iniciais da doença aconteceram no dia 5 de abril deste ano. Na ocasião, o governo do Reino Unido sinalizou a OMS da existência de dez casos de hepatite de origem desconhecida na Escócia. Os pacientes, em suma, tinham menos de 10 anos.