Atualizado em 14/02/2023 por Redação

Desde que Charles Miller trouxe uma bola e um livro de regras e a ideia de jogar futebol no Brasil, muita coisa aconteceu. É inegável que a primeira coisa que se pensa do Brasil no mundo todo é nossa habilidade com a bola nos pés e os craques que capturam a imaginação de crianças e adultos por todo o globo.

Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Garrincha, Rivaldo, Didi, Nilton Santos, Rivellino, Tostão, Jairzinho, Gérson, Rivaldo, Neymar, Kaká, Romário e, claro, o Rei Pelé. Todos eles craques espetaculares que ajudaram a popularizar o esporte no Brasil.

O futebol no Brasil é um esporte consolidado, com clubes centenários, milhões de torcedores e campeonatos acompanhados em todo o mundo. Você pode conferir no https://br.parimatch.com/pt/football/live os mercados dos principais torneios que acontecem no Brasil e fazer suas apostas com segurança e excelentes condições.

Opções não faltam: Campeonato Brasileiro, com quatro divisões emocionantes, Copa do Brasil, os estaduais e ainda as competições internacionais que os clubes jogam, a Copa Libertadores, Copa Sul-Americana, Recopa e também o Mundial de Clubes. Isso sem contar os jogos da seleção brasileira.

Parte importante da identidade

Após a Independência, em 1822, a criação de uma identidade nacional no Brasil foi um objetivo fundamental para a ex-colônia. Afinal, o que unia todas as pessoas que moravam naquele gigantesco território.

Essa criação de uma identidade é um processo que está longe de ser finalizado, inclusive em países com séculos de história a mais que o Brasil. Mas independente de outras mudanças, o futebol será sempre uma parte importante do brasileiro.

Nos mais de 100 anos de futebol no Brasil, o desenvolvimento foi rápido, assim como a popularização. Se no começo apenas descendentes de ingleses e representantes da elite jogavam o esporte, os clubes foram o primeiro passo para uma maior inserção. Entretanto, nos clubes também existiam limitações e preconceitos.

A profissionalização do futebol sem dúvidas foi um grande passo para o fim das barreiras, afinal os clubes queriam os melhores atletas e jogadores, não os mesmos de um clubinho restrito.

Um exemplo disso é Arthur Friedenreich, filho de um funcionário público de origem alemã e uma professora negra. Friedenreich jogou pelo Clube Atlético Paulistano, que dominou o futebol paulista no final dos anos 10 e na década seguinte.

A Seleção Brasileira também teve papel fundamental nessa popularização. Se nas primeiras décadas os resultados não eram impressionantes, ela já marcava presença na primeira Copa do Mundo, em 1930, e desde lá não perdeu uma. Quando as Guerras acabaram e a Europa estava destruída, o futebol olhou para o Brasil em 1950 com uma seleção que colocava 200 mil pessoas em um estádio, o Maracanã.

Justamente o jogo com maior público da história do estádio foi o maior trauma que uniu o povo brasileiro: o Maracanaço, quando o Brasil perdeu para o Uruguai em um jogo que só precisava empatar para ser campeão mundial.

Mas dessa experiência ruim surgiu a semente para o sucesso futuro: Pelé afirmou que naquele dia prometeu para seu pai, Dondinho, um ex-jogador, que seria campeão do mundo pela seleção. Apenas oito anos depois ele cumpriu a promessa. Pelé ainda traria mais dois títulos com seleções espetaculares.

O Brasil na década de 50 vivia um boom econômico, social e cultural. O Brasil desfilava em campo, chamava a atenção dos países desenvolvidos, sambava e criava a Bossa-Nova e no fim da década construiria uma capital com o que existia de mais moderno na arquitetura. Até hoje a ideia de Brasil passa por Pelé, a Garota de Ipanema e as praias do Rio de Janeiro, o Modernismo e o Samba.

Em 1994 e 2002 vieram o tetra (primeiro país a conquistar quatro títulos) e o penta (até hoje ninguém tem cinco títulos além do Brasil).

O país está mudando em vários sentidos, com a maior importância dos estados no interior do Brasil na economia e em tamanho da população, o surgimento de diferentes polos de cultura, períodos de bonança e nem tanto na economia, mas o futebol continua uma constante.

Difícil de achar paralelos

Claro que todo país tem um esporte para chamar de seu, inclusive muitos deles também dividem o futebol com os brasileiros. Mas são poucos os que conseguem ligar de forma tão umbilical o esporte com a ideia de ser de um lugar. O mundo reconhece o Brasil como um país que respira futebol e os brasileiros não negam isso.

Um exemplo em época de Copa do Mundo é bastante representativo: os trabalhadores são liberados para ver os jogos e o país para na frente da televisão, seja para o primeiro jogo da fase de grupos ou a grande final. Seja na madrugada, como foi na campanha do penta, no meio do dia ou à tarde.

Se o surgimento do futebol no Brasil foi realizado dentro das cidades e muitas vezes em clubes, o processo evoluiu rapidamente. Enormes estádios foram construídos por estados e cidades, como o Pacaembu em São Paulo, o citado Maracanã no Rio de Janeiro, Mineirão em Belo Horizonte, a Fonte Nova em Salvador e muitos outros. Clubes como o São Paulo, Palmeiras, Grêmio, Internacional, Santa Cruz e outros foram além e construíram grandes estádios. Santos, Fluminense, Vasco, Sport, e muitos outros seguiram jogando em suas casas, até hoje verdadeiros templos do esporte, mais modestas mas cheias de história. A era das Arenas, nos últimos 15 anos, deixou tudo ainda mais profissional e impressionante.

Mas não só em estádios é feito o futebol no Brasil. Em campos esburacados ou até no terrão, no concreto das ruas, em quadras de futsal ou até nas peladas em campos sintéticos, o futebol está presente na vida dos brasileiros e até de quem não gosta tanto do esporte.

Conclusão

Parte importante de ser um brasileiro, o futebol está presente na vida de quem nasce no Brasil desde o nascimento. Se na Copa do Mundo isso é visto claramente, ainda há o Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores, o joguinho com os amigos no fim de semana e a torcida eterna por um clube e a seleção.