O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) deu detalhes nesta terça-feira (6) sobre a formação dos ministérios em seu governo. Após visitar a Marinha, em Brasília, ele reafirmou que até novembro todos os nomes já devem ter sido divulgados. Questionado se haverá um “Ministério da Família”, ele se comprometeu a defender os valores relacionados, mas sinalizou que não deve ter uma pasta específica. 

“Eu acredito que não. Ministérios serão 15, no máximo 17. Acho que alguns até seria mais prudente mantermos com esse status. Mas a questão da família é importante, fez parte do nosso projeto, que eu falei no Brasil todo nos últimos quatro anos. A família tem que ser preservada”, disse.

Bolsonaro afirmou ainda que a família para ele “é aquela que está prevista no artigo 226, parágrafo 3º da Constituição”. O texto diz: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”.

O senador Magno Malta (PR-ES) teria sido cogitado como um nome que cuidaria dos valores da família. Bolsonaro afirmou que ainda não descartou a participação do parlamentar no próximo governo, mas ainda não afirmou em qual seria a área.

Questionado se haverá um ministério no comando de uma mulher, Bolsonaro afirmou que “com toda certeza vai ter”. Ele criticou, no entanto, o entendimento de que deve nomear uma ministra, “apenas por ser uma mulher”.

Defesa
O general aposentado Augusto Heleno chegou a ser anunciado como ministro da Defesa, nesta terça-feira (6), Bolsonaro afirmou que ele pode vir a ocupar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que atua diretamente com a Presidência da República.

“Tenho aqui o general Heleno, da Defesa, ou GSI, né, vamos pensar. Que, é que pode se dar ao luxo de privar da companhia de uma pessoa como o general Heleno do seu lado? No que depender de mim, ele virá para o GSI, mas a Defesa está aberta para que ele, se achar que é melhor”, afirmou.

Caso a mudança seja feita, Bolsonaro afirmou que pode colocar alguém da Marinha para substituir Heleno na Defesa. 

Meio Ambiente
Bolsonaro reafirmou que decidiu não incorporar em uma só pasta o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Agricultura. Para ele, a mudança tem se ser considerada um avanço e não um recuo. 

“Não é que estar recuando seja um sinal de fraqueza. Para mim, é engradecimento se fomos convencidos do contrário. Se o próprio setor do agronegócio, que queria, agora há uma certa divisão”, defendeu.

De acordo com o presidente eleito, a pasta do Meio Ambiente e da Agricultura estão entre as quatro que possuem indicações mais bem encaminhadas. As demais são Infraestrutura e Relações Exteriores. 

Previdência
Bolsonaro voltou a afirmar que é importante dar o encaminhamento de parte da reforma da Previdência ainda este ano na Câmara dos Deputados. Ele afirmou o ideal seria encontrar um texto viável para a votação. 

Questionado se ele deve se envolver pessoalmente com a pauta, Bolsonaro afirmou: “Sim, eu vou. Inclusive sou deputado, se colocar em votação eu coloco o meu voto no painel”, disse.