Atualizado em 06/06/2023 por Ana Luiza
De acordo com um relatório da plataforma de segurança de criptoativos Schard, o mercado russo de criptografia peer to peer (P2P) está crescendo rapidamente, com os fornecedores tendo acesso a impressionantes “US$ 296 milhões” em transações por dia.
A afirmação foi feita durante uma conferência de blockchain realizada pelo banco russo Sber. Vale ressaltar que a criptografia ainda permanece praticamente não regulamentada na Rússia após anos de disputas políticas.
Ao contrário de muitas outras nações, que operam um sistema de licenciamento para as exchanges de criptomoedas, a Rússia viu suas principais plataformas de negociação migrarem para o exterior em busca de ambientes regulamentados.
Essa situação criou uma oportunidade para exchanges menores e negociações de balcão ganharem espaço no mercado.
Russia tem movimentação milionária
A Schard afirmou que uma média diária de “US$ 296 milhões” estava disponível para os russos que desejam vender criptomoedas por meio de fiduciário.
Normalmente, os fornecedores enviam seu fiduciário para contas mantidas em grandes bancos, enquanto os compradores utilizam cartões de débito ou crédito emitidos pelos principais bancos comerciais para pagar pelos tokens.
A maioria dos compradores e fornecedores são trocas online não regulamentadas, conforme confirmado pela empresa.
A Schard alertou que transações desse tipo trazem riscos tanto para os usuários quanto para os próprios bancos, já que contas bancárias estão sendo usadas para facilitar essas operações, o que pode prejudicar a reputação das instituições financeiras.
Fedor Ivanov, diretor da empresa, ressaltou que o mercado P2P cria riscos para todos os envolvidos e destacou a necessidade de maior segurança no setor de transações criptográficas russas.
Tanto os indivíduos que negociam criptomoedas quanto as empresas russas do setor se beneficiariam de um novo sistema regulatório, concluiu Ivanov.
Parlamentares russos expressaram a intenção de legalizar a mineração industrial de criptomoedas e o uso de tokens no comércio internacional até o final deste ano.
No entanto, promessas anteriores desse tipo encontraram obstáculos, principalmente devido a divergências entre o Ministério das Finanças, que é a favor da indústria, e o Banco Central, que é cético em relação às criptomoedas.