Atualizado em 26/07/2023 por Pedro Moraes
Comandante de clássicos como Exterminador do Futuro, Avatar e Titanic, James Cameron considera que as inteligências artificiais são insuficientes para escrever bons roteiros, porém indica sobre os perigos armamentistas da tecnologia. Em entrevista à CTV News, o produtor canadense analisou o risco das IAs assumirem o papel de roteiristas na indústria:
“Pessoalmente, eu não acredito na habilidade de uma mente sem corpo, que está só reproduzindo o que outras mentes com corpo já disseram — sobre a vida que elas tiveram, sobre amor, mentiras, medo, mortalidade — e colocando tudo junto em uma salada de palavras. Não acredito que um material como esse é capaz de tocar o público […] Vamos esperar 20 anos. Se, nesse tempo, uma inteligência artificial ganhar o Oscar de melhor roteiro, podemos conversar sobre”, indicou.
Em seguida, ele foi questionado sobre o uso armamentista das inteligências artificiais.
“Eu avisei em 1984 [data de lançamento do primeiro Exterminador do Futuro], e vocês não ouviram. […] Acredito que o armamento de IAs é o maior perigo. Acho que teremos o equivalente à corrida nuclear com as IAs, e os governos pensarão: ‘se não a construirmos, outros caras irão’. E essa situação vai escalar”, acrescentou.