Hashdex lança novo ETF de Solana na B3

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Hashdex lança novo ETF de Solana na B3

Atualizado em 05/09/2024 por Ana Luiza

Nesta sexta-feira, 6 de setembro de 2024, a gestora de investimentos Hashdex vai expandir ainda mais seu portfólio de fundos de índice (ETFs) com o lançamento do SOLH11, um ETF focado na criptomoeda Solana. O lançamento é fruto de uma parceria entre a Hashdex, o banco BTG Pactual e a Nasdaq, oferecendo aos investidores brasileiros mais uma opção de exposição ao mercado de criptoativos.

Contexto do Lançamento

O SOLH11 seguirá o índice Nasdaq Solana Reference Rate, que reflete o valor da criptomoeda Solana em dólar. A taxa de administração do ETF será de 0,7% ao ano, mas, como incentivo, a Hashdex anunciou que reduzirá essa taxa para 0,1% até o final de setembro de 2024. A medida visa atrair investidores que buscam alternativas de exposição ao mercado de criptoativos com custos reduzidos.

Além disso, o SOLH11 contará com um diferencial importante: a possibilidade de staking, prática comum no universo de criptomoedas, que envolve a validação de transações na blockchain em troca de recompensas. O staking no ETF será realizado por meio de uma estrutura offshore localizada nas Bermudas, uma estratégia que já é utilizada em outros produtos da Hashdex. Segundo a empresa, os rendimentos obtidos com o staking serão revertidos para o fundo, o que pode gerar retornos adicionais ou até mesmo eliminar os custos de administração.

Esse é o terceiro ETF da Hashdex focado em um único ativo, acompanhando o BITH11, voltado para o Bitcoin, e o ETHE11, que segue o desempenho do Ethereum. Ao todo, a gestora conta agora com sete ETFs na B3, incluindo o HASH11, o primeiro ETF de criptomoedas do Brasil e atualmente um dos mais negociados na Bolsa brasileira.

Expansão do Mercado de ETFs de Criptomoedas

O mercado de ETFs de criptomoedas no Brasil tem crescido significativamente. O lançamento do SOLH11 acontece em um momento em que o país já conta com 16 ETFs focados em criptoativos, oferecendo aos investidores institucionais e de varejo uma forma mais acessível e regulamentada de investir nesse mercado em crescimento.

A Hashdex não é a única a explorar esse segmento. Apenas uma semana antes do lançamento do SOLH11, a QR Asset, outra gestora de fundos, lançou o QSOL11, também focado na criptomoeda Solana. Esse primeiro ETF de Solana no Brasil conseguiu captar R$ 15,5 milhões em sua oferta pública, um indicativo da demanda crescente por esse tipo de produto no mercado brasileiro. Com o SOLH11, o Brasil passa a contar com 17 ETFs de criptomoedas negociados em Bolsa.

Samir Kerbage, diretor de investimentos da Hashdex, destacou o entusiasmo da gestora com o lançamento. “Estamos empolgados em expandir nossa linha de produtos com o SOLH11, proporcionando aos investidores uma nova forma de acessar o mercado de Solana através de um veículo regulado e listado na B3”, disse Kerbage. A expansão reflete o compromisso da empresa em continuar liderando o mercado de criptoativos no Brasil, oferecendo produtos diversificados e inovadores.

Já André Portilho, head de Digital Assets do BTG Pactual, ressaltou a importância do banco na estruturação do ETF. “Ter o BTG como formador de mercado facilita o acesso de investidores institucionais ao mercado de criptoativos. Estamos comprometidos em oferecer a infraestrutura necessária para que esses investidores possam participar de maneira eficiente e segura desse mercado em crescimento”, afirmou Portilho.

A Importância do Staking no Mercado de ETFs

Um dos aspectos mais inovadores do SOLH11 é a inclusão do programa de staking, que permite aos investidores obter rendimentos adicionais com suas participações no fundo. O staking é uma prática que tem ganhado destaque no mercado de criptoativos, especialmente em blockchains que utilizam o mecanismo de Proof of Stake (PoS), como é o caso da Solana. No PoS, os detentores de tokens podem “travar” suas criptomoedas na rede para ajudar a validar transações, recebendo em troca uma recompensa proporcional ao valor bloqueado.

No caso do SOLH11, a Hashdex utilizará uma estrutura offshore nas Bermudas para realizar o staking em nome dos cotistas do fundo. Os lucros gerados com essa prática serão reinvestidos no próprio ETF, o que poderá resultar em um aumento do retorno para os investidores ou na redução dos custos de administração do fundo. Essa estratégia já é adotada pela gestora em outros ETFs de seu portfólio, como o BITH11 e o ETHE11, e tem se mostrado eficaz na melhoria dos rendimentos gerais dos fundos.

O staking é visto por muitos analistas como uma tendência crescente no mercado de criptoativos, à medida que mais blockchains adotam o modelo de Proof of Stake em detrimento do modelo de Proof of Work (PoW), utilizado por criptomoedas como o Bitcoin. O PoS é considerado mais eficiente em termos energéticos e, por isso, tem sido amplamente adotado por novas blockchains, como a Solana e o Ethereum.

Perspectivas para o Mercado Brasileiro de Criptomoedas

O lançamento do SOLH11 reflete o avanço contínuo do mercado de criptomoedas no Brasil, tanto em termos de adoção por investidores quanto na oferta de produtos financeiros regulamentados. A Hashdex, que foi a pioneira no lançamento do primeiro ETF de criptomoedas do país, continua a liderar o setor, ampliando seu portfólio de produtos e facilitando o acesso ao mercado de criptoativos para investidores de todos os perfis.

Desde o lançamento do HASH11, o primeiro ETF de criptomoedas no Brasil, em 2021, o mercado nacional de ETFs cripto tem atraído cada vez mais atenção de investidores institucionais e de varejo. A introdução de novos produtos, como o SOLH11 e o QSOL11, mostra que o interesse por esse tipo de investimento está em alta. Para muitos investidores, os ETFs oferecem uma forma de exposição mais segura e regulamentada ao mercado de criptoativos, que tradicionalmente é marcado pela volatilidade e pelo alto risco.

Com o crescimento da demanda por esses produtos, é provável que mais gestoras de fundos entrem no mercado nos próximos meses, lançando novos ETFs focados em outras criptomoedas e ativos digitais. O Brasil, que já conta com 17 ETFs de criptoativos, se consolida como um dos principais mercados para esse tipo de produto na América Latina.

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