Atualizado em 16/09/2024 por Ana Luiza
Os investimentos em fundos de criptomoedas no Brasil apresentaram um aumento significativo na última semana, conforme dados recentes da CoinShares. Na semana que terminou na sexta-feira, 13 de setembro, o total de aportes brasileiros chegou a R$ 15,5 milhões (US$ 2,8 milhões). Esse montante se destacou em um contexto global, onde as entradas líquidas totalizaram US$ 436 milhões.
Os dados mostram que a movimentação no mercado de criptomoedas foi impulsionada pela expectativa de uma possível redução na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. A especulação sobre um corte de até 0,50% nas taxas básicas de juros influenciou o fluxo de investimentos em criptoativos.
No cenário global, Estados Unidos, Suíça e Alemanha foram os maiores contribuidores para as entradas líquidas. Os EUA lideraram com US$ 416 milhões, seguidos pela Suíça com US$ 27,1 milhões e a Alemanha com US$ 10,6 milhões. Em contraste, o Canadá e a Suécia registraram saídas líquidas de US$ 17,9 milhões e US$ 4,6 milhões, respectivamente.
A CoinShares observou que o fluxo de investimentos em produtos de criptomoedas pode estar relacionado às expectativas em relação às decisões de política monetária. No entanto, o volume total de negociações na semana ficou abaixo da média anual, que é de US$ 14,2 bilhões.
O Bitcoin (BTC) foi o principal destinatário dos investimentos, com um total de US$ 436 milhões em entradas líquidas. Cestas multiativos e Solana (SOL) também receberam aportes significativos, com US$ 22,8 milhões e US$ 3,8 milhões, respectivamente. Por outro lado, Ethereum (ETH) e Short Bitcoin tiveram as maiores saídas líquidas, com US$ 19 milhões e US$ 8,5 milhões.
Entre as gestoras e produtos, a Grayscale foi a que registrou o maior volume de retiradas líquidas, totalizando US$ 69 milhões. Em contraste, Fidelity Investments, ARK 21 Shares, Bitwise ETFs e ProShares ETFs foram responsáveis pelos maiores aportes líquidos, com US$ 67 milhões, US$ 83 milhões, US$ 58 milhões e US$ 86 milhões, respectivamente.
O relatório também revelou um avanço no acumulado total de Ativos sob Gestão (AuM). O Brasil manteve a sexta posição global, com US$ 862 milhões. Os EUA lideraram com US$ 62,54 bilhões, seguidos pela Suíça com US$ 4,42 bilhões, Canadá com US$ 4,03 bilhões, Alemanha com US$ 3,45 bilhões e Suécia com US$ 2,64 bilhões.
Na semana anterior, os investidores brasileiros haviam desafiado o risco e aportado R$ 21,8 milhões em fundos de criptomoedas. Esse aumento significativo nos investimentos demonstra uma confiança crescente no mercado, apesar das flutuações e incertezas econômicas globais.
O cenário de investimentos em criptomoedas está se mostrando dinâmico e repleto de oportunidades, refletindo o interesse contínuo dos investidores por ativos digitais. As expectativas sobre as decisões do Fed e o desempenho das criptomoedas permanecem como fatores cruciais para determinar a direção futura do mercado.
À medida que o mercado de criptomoedas continua a evoluir, o monitoramento das tendências e decisões econômicas globais será fundamental para entender o impacto sobre os investimentos e a alocação de recursos nesse setor em crescimento.