Atualizado em 29/08/2022 por Pedro Moraes
Entre janeiro e julho deste ano, cerca de 100.717 crianças foram registradas oficialmente sem o nome do pai, nos cartórios de Registro Civil do Brasil. Ainda em 2022, o menor número de nascimentos desde 2016 ficou constatado. No geral, aproximadamente 1.526.664 recém-nascidos, isto é, 6,5% do total de recém-nascidos no país possuem somente o nome da mãe na certidão de nascimento.
O registro é superior aos 6% notificados em 2021. Na ocasião, 96.282 crianças das 1.586.938 nascidas sequer tiveram o nome do pai. Há dois anos, no entanto, foram 1.581.404 nascimentos e 92.092 pais ausentes.
Em 2019, 99.826 crianças foram registradas com registro do nome materno ante 1.718.800 nascimentos, seguido por 93.006 frente a 1.702.137 nascimentos em 2018. Os números estão registrados no Portal da Transparência do Registro Civil, na página Pais Ausentes, que integra a plataforma nacional, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).
O presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli, relata que os números explicam quehá muito a evoluir quando se trata de responsabilidade paterna. “Ambos, pai e mãe, são responsáveis pela criação dos filhos e possuem responsabilidades que precisam ser compartilhadas. Obviamente cada família vive uma realidade diferente, mas são dados substanciais que podem embasar as políticas públicas”, conta.