A corrida por desenvolver alternativas para o metaverso na China vem despertando gigantes da tecnologia, como Alibaba e Xiaomi, que buscam criar um espaço para a discussão das oportunidades relacionadas à exploração desse novo ambiente digital.
Na mesma esteira que os coloca lado a lado com empresas de tecnologia dos Estados Unidos, as empresas chinesas estão buscando fazer com que o metaverso se torne algo irresistível também em seu país de origem.
Por conta disso, Tencent, Alibaba, Xiaomi, ByteDance e NetEase estão competindo e correndo para que seja possível construir mais do que uma infraestrutura digital, em software, mas também dispositivos para que seja possível criar um mercado virtual que, apenas em seu território, poderá valer cerca de 8 trilhões de dólares até 2030.
O termo para metaverso, em chinês, é Yuan yu zhou, se tornou uma palavra da moda no território, tendo a Administração Nacional de Propriedade Intelectual da China recebido mais de 16 mil pedidos de registro de marca contendo o termo durante o mês de fevereiro.
A realização completa de um metaverso, devidamente apresentado enquanto um ecossistema capaz de interconectar diferentes ambientes e tecnologias presentes nos mundos virtuais que têm por objetivo replicar a vida real, está ainda há muitos anos de distância.
Ainda assim, muitos dos aspectos conceituais dessa proposta já estão em uso no mercado, sobretudo quando observamos os dispositivos de realidade aumentada e de realidade virtual.
De acordo com a chefe de tecnologias globais da TF Securities, sediada em Xangai, Karin Kong, vê as redes sociais e os jogos como as peças-chaves para o desenvolvimento de um metaverso. Segundo ela, essa tecnologia já será usual até 2030, sendo o mercado chinês um dos mais promissores e inventivos do planeta.
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As gigantes de tecnologia, como Xiaomi e Alibaba, estão na mira de Pequim
A China está bastante entusiasmada pelo metaverso, que segue atenta aos novos cenários regulatórios em relação a essa nova tecnologia que, por enquanto, é bastante imprevisível.
Pequim, ao longo dos últimos anos, vem reprimindo o setor de tecnologia e tem reforçado a supervisão da sua indústria de jogos, tendo, por conta disso, proibido transações que ocorram em criptomoedas. No enquanto, quando se trata desses universos virtuais, temos a forte presença dos jogos e das criptomoedas como grandes elos para proporcionar diversão e interação.
Dessa forma, a China ainda observa as iniciativas voltadas para o desenvolvimento do metaverso como algo que coloca ainda em risco a segurança nacional, sendo, assim, um momento bastante delicado para a política interna do país que, de um lado, não quer “deixar o tempo passar” para essa tecnologia e, de outro, anseia pelas formas que terá de observar em relação à criação de um ambiente mais interativo para seus cidadãos.
No entanto, mesmo com todos esses pormenores, é fato que a China irá lançar, dentro em breve, seu próprio metaverso, com fortes indícios de que o governo será o seu próprio patrocinador.
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