A exchange FTX será cobrada por explicações junto ao Comitê Bancário do Senado norte-americano sobre o colapso das suas operações, o que ocorreu na semana passada. Sam Bankman-Fried terá de prestar depoimentos a respeito das ações que foram tomadas para proteger o patrimônio dos seus investidores.

Os órgãos reguladores dos Estados Unidos estão investigando o antigo CEO e fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, bem como a própria FTX.com, por uma possível violação das regras do mercado, que acabou por ocasionar o colapso de uma das maiores exchanges do mercado de criptomoedas e, com isso, desencadear uma forte crise no setor como um todo, sobretudo voltada para a confiança em diferentes corretoras.

Sam Bankman-Fried foi ouvido também pela polícia e por órgãos reguladores do mercado financeiro das Bahamas ainda no sábado, uma semana após o início da crise envolvendo sua empresa.

De acordo com informações de uma fonte, que foram cedidas à Bloomberg, as autoridades das Bahamas estão investigando se há indícios de uma má conduta da exchange e se há, também, evidências de crime cometido contra o mercado financeiro com o colapso da corretora. Vale lembrar que a sede da FTX, atualmente, é Bahamas.

Já nos Estados Unidos, quem tomou frente sobre as questões judiciais envolvendo a FTX foi o senador Sherrod Brown, que tem pressionado os órgãos de fiscalização e vigilância federais sobre providências a serem tomadas em relação à exchange. A democrata Elizabeth Warren também solicitou a aplicação das regras para a indústria de criptomoedas de forma mais agressiva.

Saiba mais: Solana cai 45% em 24 horas com a crise envolvendo a FTX e a Alameda Research

FTX solicita recuperação judicial nos Estados Unidos

Bastou uma semana para que o mercado de criptomoedas perdesse uma das suas maiores exchanges, a FTX, que já chegou a ser a maior empresa desse segmento em todo o mundo.

Depois de colapsar e de, novamente, colocar em maus lençóis o mercado como um todo, a FTX evocou o capítulo 11 da lei de falência nos Estados Unidos, que funciona de forma semelhante à lei de falências no Brasil, e que, como um primeiro passo, requer uma proposta de recuperação judicial do negócio.

Quando uma empresa evoca o capítulo 11 nos Estados Unidos o caso passa a ser coordenado por um tribunal, que determina datas para a apresentação de um plano de negócios para a reestruturação da empresa.

Nos Estados Unidos, tal qual ocorre no Brasil, uma vez que essa demanda seja colocada, a empresa pode continuar com as suas operações de forma normal.

Dessa forma, é possível afirmar que ainda existe alguma esperança quando tratamos do caso da FTX, sobretudo relacionada aos seus investidores, que poderão ter parte dos seus investimentos, pelo menos, recuperados judicialmente.

No entanto, é importante dizer que, de acordo com especialistas do mercado de criptomoedas, isso é bastante improvável que ocorra.

Saiba mais: Ethereum e Bitcoin despencam por conta dos rumores de colapso da FTX