O economista Paulo Guedes, indicado para ser ministro da área econômica no governo de Jair Bolsonaro (PSL), defendeu nesta terça-feira (30) que o novo governo tem pressa para a aprovação da reforma da Previdência, contrariando declarações da véspera do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

“Ontem houve gente do próprio governo que disse que não tem pressa para fazer a reforma da Previdência. Aí o mercado reagiu mal. O Onyx que é coordenador político disse que não pressa na Previdência. Mas vocês estão assustados porquê? É um político falando de coisa de economia. É a mesma coisa que eu sair falando de política”, disse antes de uma reunião da equipe econômica com o presidente eleito, na casa de Paulo Marinho, aliado de Bolsonaro.

Nesta segunda (29), Onyx defendeu que o novo governo apresente um novo projeto da reforma previdenciária apenas em 2019, em um novo formato diferente da enviada ao Congresso pelo governo Temer, para que ela dure por 30 anos.

A fala fez com que o dólar subisse a R$ 3,705, naquele que foi o primeiro pregão após a vitória de Bolsonaro, o “querido” do mercado financeiro.

O economista afirmou ainda que apoia a ideia de vender reservas internacionais, mas apenas em caso de crise especulativa contra o real ou seja: forte desvalorização da moeda nacional frente à divisa americana.

Nesse caso, o economista diz que a ideia seria recomprar a dívida interna com o dinheiro das reservas.

Segundo ele, essa iniciativa não seria aplicada agora, já que o dólar está na casa de R$3,60. Citou que isso aconteceria caso o dólar chegasse a R$ 5.