Atualizado em 04/03/2023 por Ana Luiza
Os desenvolvedores responsáveis pela Ethereum anunciaram que a próxima atualização da plataforma, chamada de “Shanghai”, foi adiada para o mês de abril, devido a testes em andamento. Anteriormente, a atualização estava prevista para ser lançada no final de março.
A atualização Shanghai tem como principal mudança a liberação dos ativos ETH que foram bloqueados desde dezembro de 2020 por investidores que desejavam se tornar validadores de dados da rede. Esse processo é conhecido como staking e, em troca, os investidores recebem remuneração em ETH.
Os desenvolvedores estão planejando lançar a atualização na rede de testes Goerli em 14 de março. Essa rede é a maior rede pública de testes do Ethereum e é a última chance para os provedores de staking garantirem que o ETH bloqueado possa ser retirado antes que a mudança chegue à rede principal.
Após o teste na rede Goerli, os desenvolvedores esperam lançar a atualização na rede principal em três a quatro semanas. Isso significa que a atualização Shanghai deverá estar disponível para os usuários na primeira ou segunda semana de abril.
Em resumo, a atualização Shanghai do Ethereum foi adiada para o mês de abril devido a testes em andamento na tecnologia.
Os desenvolvedores estão planejando lançar a atualização na rede de testes Goerli em 14 de março e esperam lançá-la na rede principal em três a quatro semanas após o teste. A principal mudança trazida pela atualização é a liberação dos ativos ETH bloqueados no processo de staking.
Especula-se que Ethereum pode cair após a atualização Shangai
A disponibilidade de Ethereum (ETH) após a liberação dos saques do staking gerou preocupações entre os investidores sobre seu possível efeito negativo no preço da criptomoeda. Atualmente, há cerca de 17,5 milhões de ETH em staking, no valor de US$ 28 bilhões.
No entanto, alguns analistas acreditam que esses temores são infundados e que o volume de saques de ETH será menos significativo do que se prevê. Nick Hotz, vice-presidente de pesquisa da Arca, empresa de investimento em ativos digitais, afirma que as retiradas e novos investimentos serão equilibrados.
Além disso, as retiradas serão realizadas em uma fila, o que significa que apenas 10% da quantidade total de ETH em staking pode ser removida do pool em um mês.
John Lo, chefe de ativos digitais da Recharge Capital, também argumenta que os investidores não sairão do staking imediatamente, pois precisarão de tempo para entender como a versão Shanghai do Ethereum funcionará. Ele acredita que haverá um período em que os investidores irão digerir como os saques funcionam.
Rich Falk-Wallace, CEO da Arcana, plataforma institucional de dados cripto, destaca que o principal impulsionador do preço do ETH será a narrativa que o mercado criar sobre as perspectivas de longo prazo com base no comportamento de curto prazo. Se a porcentagem de participação de ETH em staking continuar a crescer após a Shanghai, será positivo para o preço da criptomoeda.