Atualizado em 20/04/2022 por Redação
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), por causa do atentado que sofreu no início de setembro, ficou impossibilitado de comparecer a eventos de campanha. Por causa disso, dois de seus filhos, Flávio, 37, e Eduardo, 34, que também em campanha, tornaram-se porta-vozes do pai, multiplicando sua presença em vários atos públicos. Durante o período, Carlos – o filho do meio -, tirou licença não-remunerada da Câmara do Rio de Janeiro para acompanhar o pai de perto.
As semelhanças não estão só nas aparências. Certamente as bandeiras e o comportamento polêmico do presidente terão seus representantes com Flávio, que foi eleito senador pelo Rio de Janeiro, e Eduardo, reeleito deputado por São Paulo com mais de 1,8 milhões de votos. Os Bolsonaros têm um longo histórico de declarações polêmicas e participação em redes sociais.
Os três são filhos da primeira mulher de Bolsonaro, Rogéria, que também teve passagem pela política. Ela cedeu a cadeira na Câmara ao filho Carlos quando ele foi eleito, com apenas 17 anos.
Conheça um pouco mais sobre cada um dos filhos políticos do futuro presidente e suas polêmicas:
FLÁVIO BOLSONARO – foi eleito senador pelo Rio de Janeiro do PSL nestas eleições com 4,1 milhões de votos. Único casado entre os filhos de Bolsonaro, ele é formado em direito e pai de duas filhas. Seu perfil é o considerado mais “moderado e progressista” entre os irmãos, ainda que já tenha louvado o período da ditadura militar. Fez campanha ao lado do governador eleito do Rio Wilson Witzel (PSC), ainda que Bolsonaro tivesse orientado que nenhum postulante ao cargo tivesse apoio.
CARLOS BOLSONARO – Eleito vereador do Rio aos 17 anos em 2000, foi o mais jovem vereador da história do Brasil. Formado em Ciências Aeronáuticas. Hoje, exerce seu quinto mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Ele é considerado por muitos como “pavio curto” e não gosta de dar entrevistas. Entre suas polêmicas, Carlos compartilhou, em setembro, a imagem de uma pessoa torturada com um saco plástico na cabeça, tendo no peito a inscrição “ele não”, referência ao movimento de mulheres contra Bolsonaro.
EDUARDO BOLSONARO – Advogado e policial federal, Eduardo foi eleito nestas eleições o deputado federal com a maior votação já registrada, com 1,8 milhão de votos, em São Paulo. Entre suas polêmicas, Eduardo afirmou num vídeo durante um curso que só era preciso “um cabo e um soldado” para fechar o Supremo Tribunal Federal, gerando forte mal estar na campanha. O pai reagiu dizendo que repreendeu “o garoto” e que “quem fala isso tem que buscar um psiquiatra”. Em abril deste ano, ele foi denunciado pela Procuradoria Geral da República por ter ameaçado uma jornalista, ex-namorada por quem foi criticado em redes sociais. “Se você falar mais alguma coisa eu acabo com sua vida”, disse ele, em mensagens de telefone.