Atualizado em 06/05/2023 por Ana Luiza
A Tribe Capital, um fundo de venture capital que investiu na exchange cripto FTX antes de seu colapso em novembro passado, está considerando uma injeção de capital para ajudar a relançar a plataforma.
O cofundador da Tribe, Arjun Sethi, se reuniu informalmente com o comitê de credores quirografários da FTX em janeiro para discutir a proposta.
Agora, a empresa está considerando liderar uma campanha de captação de US$ 250 milhões para o negócio, incluindo US$ 100 milhões de capital próprio e de seus sócios.
Fundada em 2018, a Tribe é uma investidora de risco que atualmente administra mais de US$ 1,6 bilhão em ativos e investe em uma variedade de startups, incluindo a plataforma cripto Kraken, a empresa de pagamentos Bolt e a Shiprocket, especializada em comércio eletrônico.
A empresa também investiu anteriormente na FTX e em seu braço norte-americano, a FTX US.
A FTX é uma plataforma de negociação de criptomoedas que foi fundada em 2019. Após seu colapso em novembro de 2022, a empresa foi adquirida por novos administradores que estão trabalhando para relançá-la.
O interesse da Tribe em reinvestir na FTX sugere que a empresa ainda tem potencial e que o mercado de criptomoedas continua a ser uma área de investimento atraente para fundos de venture capital.
Novo diretor da FTX ainda irá analisar a viabilidade do relançamento da exchange
John J. Ray III, o novo diretor executivo da FTX, planeja avaliar se é viável relançar a exchange no segundo trimestre, de acordo com uma apresentação realizada ao tribunal de falências.
A empresa está nos estágios iniciais de avaliação da ideia e o plano exigiria uma quantia significativa de dinheiro, que poderia vir de investidores externos.
Em janeiro, a Tribe propôs adquirir cerca de 9 milhões de contas de clientes das unidades da FTX nos EUA, Austrália, Japão e União Europeia, além da FTX International e da LedgerX.
A oferta não incluiria um portfólio de capital de risco e criptoativos, entre outros. Representantes da Tribe, da atual administração da FTX e seu comitê de credores quirografários se recusaram a comentar.
A FTX, um império de ativos digitais fundado por Sam Bankman-Fried, entrou em falência em novembro, deixando para trás pelo menos US$ 11,6 bilhões em dívidas e desestabilizando todo o mercado cripto. Bankman-Fried aguarda julgamento em outubro depois de se declarar inocente das acusações de fraude e de financiamento ilegal de campanhas.
No entanto, qualquer esforço para relançar a corretora enfrentaria desafios regulatórios e de compliance significativos. John J. Ray III, que dirigiu empresas como a Enron Corp. em meio a processos de falência, chamou a FTX de o pior caso de falha de controle corporativo que ele já viu.