Atualizado em 07/02/2023 por Pedro Moraes
Apontada como empresa que cometeu um “rombo” tributário no ramo empresarial, a Ambev respondeu a acusação ao ser questionada sobre a relação com a Americanas. A princípio, a cervejaria, que possui o trio de acionistas Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, garantiu que a acusação é falsa e criou vínculo com oportunismo e irresponsabilidade.
Na mesma resposta à acusação, a Americanas indicou que não existiu sequer a veracidade dos fatos devidamente checados, bem como o fato de que a posição da companhia não foi ouvida. De modo geral, as alegações foram feitas pela Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), a qual é formada por algumas cervejarias concorrentes da Ambev.
Baseado no estudo feito pela AC Consultoria, a associação indicou que há um rombo avaliado em R$ 30 bilhões em supostas manobras tributárias feitas por empresas de bebidas. Nesse sentido, a consultoria apontou, em seguida, que o montante fazia parte do setor como um todo. Porém, o estudo não citava nominalmente a Ambev.
Além disso, a publicação informou que o estudo colocaria a responsabilidade na Ambev de inflacionar o preço de componentes necessários à produção do refrigerante e que são passíveis de isenção tal qual de geração de créditos fiscais na Zona Franca de Manaus, o que remeteria ao acúmulo irregular de mais créditos tributários do que teria direito.
“Calculamos nossos créditos tributários com base na legislação e nossas demonstrações financeiras estão de acordo com as regras jurídicas e contábeis, com ampla transparência sobre os litígios tributários envolvendo a companhia”, indica a empresa.
A empresa também acrescenta que “litígios tributários devidamente divulgados são muito diferentes de um suposto ‘rombo’”. Do contrário, a Ambev atesta que não existe rombo em suas demonstrações financeiras e a notícia entrega o leitor ao erro.