Atualizado em 06/04/2022 por Redação
Pelo País
Bebês são alvo de vacinação especial contra o sarampo
Começa nesta quinta-feira (22) a distribuição de doses extras de vacina contra sarampo para todas as crianças entre seis meses a menores de 1 ano em todo o país. A chamada “dose zero” – além das previstas no Calendário Nacional de Vacinação, aos 12 e 15 meses – deve alcançar 1,4 milhão de crianças. Para isso, o Ministério da Saúde irá enviar 1,6 milhão de doses a mais para os estados. O objetivo é intensificar a vacinação desse público-alvo, que é mais suscetível a casos graves e óbitos.
A ação é uma resposta imediata do Ministério da Saúde em decorrência do aumento de casos da doença em alguns estados. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, divulgado na terça-feira (20), entre 19 de maio a 10 de agosto de 2019, o Brasil teve 1.680 casos confirmados de sarampo em 11 estados: São Paulo (1.662), Rio de Janeiro (6), Pernambuco (4), além de Bahia, Paraná, Goiás, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Sergipe e Piauí com um caso cada. O coeficiente de incidência da doença foi de 0,80 por 10 mil habitantes.
“O Ministério da Saúde está fazendo uma medida preventiva. Nós estamos preocupados com essa faixa etária porque em surtos anteriores foram as crianças menores de um ano que evoluíram para casos mais graves e óbitos. Por isso, é preciso que todas as crianças na faixa prioritária sejam imunizadas contra o vírus do sarampo, considerando a possibilidade de trânsito de pessoas doentes para regiões afetadas e não afetadas “, esclareceu o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.
Compra de vacina
O Ministério da Saúde tem um planejamento de compra da vacina, tendo como base o número de pessoas que devem ser vacinadas, considerando as ações de rotina (média de 2,5 milhões de doses/mês); as ações de bloqueio para interromper a cadeia de transmissão; além das doses adicionais para crianças de seis meses a menores de um ano. O Ministério da Saúde já reiterou junto aos estados e municípios a orientação para que as estratégias sejam restritas a essas situações, evitando que ocorra possível desabastecimento da vacina.
‘Dose zero’ não substitui vacina regular
É importante esclarecer que a chamada “dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ª dose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela, respeitando-se o intervalo de 30 dias entre as doses. A vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independentemente de a criança ter tomada a “dose zero” da vacina.
Na rotina do Sistema Único de Saúde (SUS) a tríplice viral está disponível em todos os mais de 36 mil postos de vacinação em todo o Brasil. A vacina previne também contra rubéola e caxumba. Neste ano, o Ministério, já enviou para os estados 10,5 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola.
Esse quantitativo é para atender a vacinação de rotina, conforme previsto no Calendário Nacional de Vacinação, em todos os estados do país, bloqueio vacinal e para intensificar a vacinação de crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias de idade. Desse total de vacinas, 71% foi enviado para o estado de São Paulo, que concentra 99% dos casos de sarampo no país. A vacina é a principal forma de tratamento do sarampo