Bluesky: O novo rival das Redes Sociais e sua revolução no Brasil

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Bluesky: O novo rival das Redes Sociais e sua revolução no Brasil

Atualizado em 16/09/2024 por Ana Luiza

Bluesky, uma nova plataforma de redes sociais, está atraindo a atenção no Brasil, especialmente após o banimento do Twitter no país. Embora o Bluesky possa parecer com o Twitter à primeira vista, sua estrutura e funcionamento são significativamente diferentes. Este artigo explora como o Bluesky, através de sua tecnologia inovadora e abordagem descentralizada, está se destacando e o impacto que isso pode ter no futuro das redes sociais.

A Ascensão do Bluesky

Bluesky surgiu como uma alternativa ao Twitter, conhecido atualmente como X, e rapidamente se tornou popular no Brasil. A plataforma começou como uma iniciativa do Twitter, quando, em dezembro de 2019, o fundador Jack Dorsey anunciou o financiamento de uma equipe independente para desenvolver um padrão de rede social aberto e descentralizado. Em agosto de 2021, Jay Graber, ex-desenvolvedor do projeto de criptomoeda Zcash, assumiu a liderança da equipe do Bluesky. Desde então, o Bluesky tem evoluído para se tornar uma entidade independente, lançando sua versão para iOS em outubro de 2022 e expandindo para Android em abril de 2023.

O Bluesky abriu suas portas ao público em fevereiro de 2024. Desde então, o número de usuários cresceu exponencialmente. Apenas um dia após o lançamento público, a plataforma recebeu 550.000 novos usuários. Em setembro de 2024, o Bluesky contava com mais de 9,7 milhões de usuários, impulsionado por um influxo massivo de 2,6 milhões de novos usuários em uma semana, após o banimento do Twitter no Brasil.

A Tecnologia do Protocolo AT

O diferencial fundamental do Bluesky em relação ao Twitter é sua arquitetura descentralizada, baseada no protocolo de transporte autenticado (AT). Enquanto o Twitter opera em uma estrutura centralizada e fechada, o Bluesky utiliza uma infraestrutura descentralizada que permite aos usuários ter controle sobre seus próprios dados e a possibilidade de migrar para diferentes servidores.

O protocolo AT não é exclusivo do Bluesky; ele é uma tecnologia aberta que pode ser usada por qualquer desenvolvedor ou empresa. Isso significa que outros podem criar suas próprias plataformas de rede social utilizando o protocolo AT. Apesar das semelhanças superficiais com o Twitter, o verdadeiro objetivo do Bluesky é a inovação no nível da tecnologia. O protocolo AT permite a criação de uma federação de redes sociais que podem interagir entre si, diferente das redes sociais atuais que operam em ecossistemas isolados.

Impacto no Usuário e Portabilidade

No cenário das redes sociais, a portabilidade dos dados e a liberdade para mudar de plataforma são questões cruciais. O protocolo AT oferece uma solução para esses problemas, permitindo que os usuários transfiram seu perfil de uma rede social para outra sem perder dados e contatos. Isso contrasta com o modelo atual das redes sociais, onde mudar de plataforma geralmente resulta na perda de conexões e dados.

O Bluesky permite que os usuários mantenham suas identidades digitais intactas mesmo se decidirem mudar para uma plataforma diferente baseada no protocolo AT. Esse nível de portabilidade é uma inovação significativa, oferecendo uma experiência mais fluida e menos frustrante para os usuários que desejam experimentar novas redes sociais.

A Experiência do Usuário no Bluesky

Embora o Bluesky tenha se inspirado no Twitter em termos de design e funcionalidades, como curtidas, comentários e repostagens, ele se destaca por seu compromisso com a transparência e controle do usuário. Novos recursos, como a criação de feeds personalizados e pacotes iniciais, permitem que os usuários recomendem outros usuários e feeds. Além disso, o Bluesky introduziu um conjunto de “recursos anti-toxicidade”, como a capacidade de desvincular postagens e ocultar respostas, para melhorar a experiência do usuário.

A plataforma também oferece a opção de escolher e modificar algoritmos de feed, um recurso inovador que permite aos usuários adaptar a forma como as postagens são exibidas. Em vez de depender de algoritmos opacos e proprietários, o Bluesky possibilita que os usuários selecionem algoritmos que melhor atendem às suas necessidades e preferências.

Desafios e Futuro do Bluesky

Apesar do crescimento rápido, o Bluesky ainda enfrenta desafios significativos. Comparado com gigantes das redes sociais como o Twitter, que possui mais de 353 milhões de usuários, o Bluesky tem uma base de usuários menor. No entanto, a plataforma continua atraindo investimentos e atenção, arrecadando US$ 8 milhões em uma rodada de financiamento em meados de 2023.

O futuro das redes sociais pode ser moldado por tecnologias descentralizadas como o protocolo AT. A promessa de uma rede social mais transparente, flexível e centrada no usuário está começando a ganhar tração. O Bluesky, com seu protocolo aberto e foco em portabilidade e controle do usuário, pode ser um dos primeiros passos em direção a uma nova era das redes sociais.

Enquanto a tecnologia evolui e mais plataformas descentralizadas surgem, como o Nostr e o Mastodon, o Bluesky se destaca por sua abordagem inovadora e a promessa de uma rede social mais aberta e adaptável. O sucesso do Bluesky pode depender de sua capacidade de manter o crescimento dos usuários e enfrentar a concorrência das plataformas estabelecidas. No entanto, sua proposta de descentralização e controle do usuário pode muito bem ser o diferencial que define o futuro das redes sociais.

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