Atualizado em 15/03/2023 por Pedro Moraes
Um nível elevado de cafeína no sangue pode sofrer redução na quantidade de gordura corporal e do risco vinculado a diabetes tipo 2. É o que sugere uma pesquisa publicada na revista BMJ Medicine. De acordo com os pesquisadores, a descoberta sinaliza o potencial das bebidas com a substância em reduzir a chance de desenvolver obesidade, assim como doenças referentes à condição.
Inicialmente, outras pesquisas revelaram que beber entre três e cinco xícaras diárias de café sem açúcar, uma rica fonte de cafeína, tem vínculo com um menor risco de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Agora, pesquisadores se apropriaram de uma técnica estatística denominada randomização mendeliana. Ela utiliza variantes genéticas como indicativos de um fator específico, como por exemplo, níveis sanguíneos de cafeína. Nesse sentido, os cientistas analisaram o papel de duas variantes genéticas comuns dos genes CYP1A2 e AHR em pouco menos de 10 mil pessoas que fizeram parte de seis estudos de longo prazo.
Como resultados, a análise mostrou que, por meio desses genes associados à velocidade do metabolismo da cafeína no corpo, níveis mais altos da substância no sangue foram associados à menor peso (IMC) e gordura corporal, junto a menor influência no risco de diabetes 2.
Dessa forma, os pesquisadores identificam diversas limitações nas conclusões, como a inclusão do uso de somente duas variantes genéticas e a junção de apenas pessoas de ascendência europeia.
Ainda conforme a publicação, ressaltam que a cafeína é conhecida por ampliar o metabolismo e a queima de gordura. Além disso, ela também é famosa por reduzir o apetite.