Atualizado em 07/04/2022 por Redação
Paraná
Caso Daniel: testemunha diz que tentou impedir agressão a jogador
Em entrevista à emissora de TV RPC, Lucas Mineiro, uma das testemunhas da agressão e morte do jogador Daniel Daniel Correia Freitas, em outubro do ano passado, disse que tentou intervir, mas que foi ameaçado por Edison Brittes, acusado do crime.
“No momento em que eles estavam agredindo ele [Daniel], eu cheguei e falei: para, para. Ele [Edison Brittes] só olhou pra mim e falou: sai fora. Se você não vier me ajudar, sai fora se não você é o próximo”, disse em entrevista.
O crime ocorreu em 27 de outubro de 2018, na casa dos Brittes, em São José dos Pinhais (PR), após a festa de aniversário da filha de Edisson, Alana. Conforme Edisson, o jogador teria tentado estuprar sua mulher, Cristina. Enfurecido, ele e outros convidados espancaram o jogador, que foi colocado no prota-malas de um carro, e levado a um matagal, onde foi castrado e morto.
Lucas já prestou esclarecimentos à Justiça e, segundo seu advogado, Jacob Filho, todo o crime ocorreu por iniciativa de Edison.
“Ele decepou o órgão genital de Daniel, que foi assassinado de forma brutal sem poder se defender”, declarou o advogado à emissora.
O advogado que defende a família Brittes, Cláudio Dalledone, refuta a acusação.
“Esse moço está merecendo ser processado criminalmente. Se isso fosse verdade, teria sido consignado, teria sido dito por ele quando foi ouvido em juízo e nada aconteceu nesse sentido. Menos ainda, na fase policial. Ele tenta, junto com o advogado dele, ganhar, nesse momento, um protagonismo. Ele quer, na verdade, aparecer”, afirma Dalledone.
Além de Edson, Cristiana e Allana, outras três pessoas estão presas por envolvimento no crime.