Atualizado em 03/11/2022 por Ana Luiza
A autoridade monetária da Cingapura estuda proibições acerca do uso de tokens depositados por investidores varejistas para a viabilização de empréstimos ou, ainda, de gerar rendimentos via staking.
Essa posição de um dos principais mercados asiáticos pode desencadear um processo de reordenamento da forma como os países do continente lidam com criptomoedas, o que já pode ser visto também em outros territórios, tais como Hong Kong.
Em Hong Kong, por exemplo, há uma movimentação de legalizar todas as negociações do comércio varejistas de tokens digitais. Já em Cingapura o movimento é o de impor novas restrições a negócios que envolvam diretamente fundos de consumidores e clientes de exchanges.
Uma das propostas mais inovadoras nesse sentido foi revelada por Ravi Menon, chefe do banco central de Cingapura. Em sua comunicação à revista Bloomberg Television, Menon afirmou que outros centros financeiros que buscam atrair negociações com criptomoedas no varejo poderão ter regras mais flexíveis, enquanto o seu território irá “apertar o cerco”.
De acordo com a entrevista, Ravi Menon afirmou que Cingapura não tem tentado competir com outras jurisdições, especialmente quando se trata de regulação. Isso porque Cingapura tem tentado fazer o que é certo segundo o que se acredita, e, sobretudo, o que é necessário para que haja maior contenção de riscos para investidores, em especial aqueles do varejo.
Já Hong Kong, indo na contramão de Cingapura, tem voltado seu olhar para um regime de regulação do mercado mais amigável em relação ao varejo, buscando se tornar um polo de criptomoedas na Ásia.
Enquanto isso, o Japão caminha para a facilitação da listagem de novos tokens, se voltando pouco a pouco contra a imagem de um país que buscava afastar novas startups focadas em criptomercado.
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Cingapura tenta se posicionar como um hub asiático para criptoativos
Em Cingapura há uma visão corrente sobre como o território deverá se tornar um centro regional para a criação e exploração econômica de ativos digitais e criptoativos. No entanto, a cidade-estado também mira nos perigos que estão relacionados em conceder permissões para que investidores se envolvam com projetos de criptomoeda mais voláteis.
Ao longo de 2022, Cingapura foi atingida em cheio por diversas quebras de empresas em meio ao bear market do mercado de criptomoedas neste ano, em que, um dos índices, caiu cerca de 58%, deixando investidores com perdas realmente importantes de serem consideradas.
Por conta disso, o país caminha agora para adotar um certo rigor em suas propostas que estão relacionadas com o mercado varejista de criptomoedas. E isso, segundo Ravi Menon, é mais do que necessário, sobretudo em um ambiente que se formou aberto demais para todos os projetos possíveis de criptoativos, jogos digitais, NFTs e muito mais.
Ainda antes da sua conclusão, Ravi Menon afirmou também que empresas poderão buscar outros estados para fixarem suas sedes. E não se furtou a desejar boa sorte a elas.
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