Atualizado em 23/04/2024 por Ana Luiza
A Crypto.com, uma exchange global de criptomoedas, decidiu adiar o lançamento de sua unidade na Coreia do Sul, originalmente programado para o final deste mês de abril. A razão por trás desse adiamento está diretamente relacionada à visita surpresa dos reguladores locais às instalações recém-inauguradas da empresa.
Um porta-voz da Crypto.com declarou ao The Block que a decisão de adiar o lançamento foi tomada para permitir que os reguladores coreanos compreendam plenamente as políticas, procedimentos, sistemas e controles da empresa. Esta atitude reflete o compromisso da Crypto.com em cooperar com as autoridades reguladoras e impulsionar o desenvolvimento responsável da indústria para o público coreano.
De acordo com uma reportagem publicada pelo site Segye nesta terça-feira (23), agentes da Unidade de Inteligência Financeira (FIU), um órgão da Comissão de Serviços Financeiros, realizaram uma inspeção nas novas instalações da Crypto.com. O objetivo da inspeção era investigar se a empresa estava envolvida em atividades suspeitas de lavagem de dinheiro.
Um funcionário da FIU, citado pelo site, expressou preocupações específicas em relação às medidas de prevenção à lavagem de dinheiro que a Crypto.com implementou. Essa preocupação levantada pelas autoridades coreanas acrescenta mais um obstáculo ao cenário já complexo das exchanges internacionais que buscam entrar no mercado sul-coreano.
A reportagem também descreve que o novo escritório da Crypto.com foi estabelecido após a aquisição da exchange local OKBit em junho de 2022. Posteriormente, a empresa obteve uma licença para operar com ativos virtuais até o final de 2024. Com base nessa autorização, a Crypto.com havia agendado o lançamento de seu aplicativo de negociação de criptomoedas para abril deste ano.
A postergação desse lançamento ressalta os desafios enfrentados pelas empresas de criptomoedas ao lidar com os requisitos regulatórios rigorosos, especialmente em mercados tão exigentes como o da Coreia do Sul. A Crypto.com, ao adiar sua entrada no mercado coreano, demonstra sua disposição de colaborar com as autoridades para garantir operações transparentes e em conformidade com as leis locais.