Atualizado em 07/04/2022 por Redação
Eleições 2018
Equipe de transição prioriza área da economia
“Falar pouco, trabalhar muito”. Foi assim que o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RJ) definiu como a equipe de transição do governo de Jair Bolsonaro (PSL) deve agir. Ele entregou ontem a Eliseu Padilha, titular da Casa Civil do governo Temer, a lista com os 22 primeiros nomes do grupo, concentrados na área de economia e infraestrutura.
Coube a Paulo Guedes, o futuro ministro da Fazenda de Bolsonaro, a maioria das indicações. Onyx não quis antecipar quem são. A previsão é de que os nomes sejam publicados no Diário Oficial da União nos próximos dias. O político também não adiantou a definição do número de ministérios do novo governo ou quando a equipe deve se instalar no prédio do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), que já está preparado para ser o QG da transição.
A escolha de priorizar a área da economia favorece os interesses do atual presidente Michel Temer em encaminhar parte da proposta de reforma da Previdência ainda neste ano. Para isso, a articulação teria de partir de Bolsonaro, que tem o interesse de modificar o texto que tramita na Câmara dos Deputados.
De acordo com Onyx, Bolsonaro deve desembarcar em Brasília na próxima semana para se reunir com Temer. As primeiras diretrizes da equipe de transição só devem ser definidas após esse encontro.
Novos ministros
Após especulações sobre o nome de ministros, Bolsonaro afirmou nas redes sociais que apenas ele mesmo tem a tarefa de divulgar os escolhidos. “Anunciarei os nomes oficialmente em minhas redes. Qualquer informação além é mera especulação maldosa e sem credibilidade”, disse
A reação veio após eleitores questionarem uma eventual indicação de Alberto Fraga (DEM-DF), denunciado por suspeita de participar de esquema de propina quando atuou como secretário de transporte no Distrito Federal.