Após a atualização The Merge ocorreu um fork da rede e a rede-clone mantém o protocolo de validação proof of work, que tem recebido críticas relacionadas às falhas operacionais desde o The Merge.
A notícia já corria solta muito antes de termos uma confirmação mais efetiva: um fork da rede Ethereum aconteceria juntamente com o The Merge, lançando a rede Ethereum PoW – ETHW -, uma versão da rede que continuaria a ser executada de acordo com o mecanismo de prova de trabalho, ou proof of work, que a rede principal da blockchain Ethereum estaria abandonando juntamente com a atualização The Merge.
No entanto, com o fork, foram muitos os usuários que recorreram às redes sociais para falar a respeito da nova rede, que não estaria funcionando de forma adequada. Alguns relataram que não conseguiam acessá-la seguindo as instruções que eram fornecidas no perfil do projeto no Twitter. Já outras pessoas reclamavam que não conseguiam obter acesso por meio dos servidores da rede Ethereum PoW.
A nova rede originada por meio do fork foi estabelecida como uma bifurcação da rede original e o chamado foi feito pelos próprios investidores, que estavam insatisfeitos com o abandono da mineração pela Ethereum “principal”, por assim dizer.
Dessa forma, a Ethereum PoW, ao manter o protocolo de validação proof of work, que mantém em funcionamento a geração de novos blocos por meio da mineração, também gera um novo token, que foi batizado de ETHW.
Enquanto isso, a rede principal da Ethereum conclui com êxito o seu The Merge e tem rodado normalmente sob um consenso chamado de prova de participação, ou proof of stake (PoS), que é vista no mercado como mais amigável ao meio ambiente e mais eficiente.
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Ethereum PoW sofre ataque hacker e 200 tokens ETHW são roubados
No fim de semana a rede resultante de um fork da Ethereum sofreu um ataque hacker em uma conta específica – o que não afeta a blockchain principal, portanto. Em um formato de ataque de repetição, o criminoso ou o grupo criminoso conseguiu roubar 200 tokens ETHW da carteira em questão.
Imediatamente os desenvolvedores da nova rede foram alertados e tomaram algumas medidas para a correção rápida do problema, evitando que novas contas pudessem ser afetadas.
Esse tipo de invasão é caracterizada por uma transação duplicada em ambas cadeias, quando, na verdade, deveria ter sido feita apenas em uma delas. Tomando como exemplo o seguinte caso: um usuário fez uma transação na rede que sofreu o fork, Ethereum PoW, mas a mesma transação foi executada na rede Ethereum, o que faz com que invasores possam enganar os smart contracts de forma a liberá-los de uma cadeia. Isso ocorre mesmo que a transação original tenha sido feita em outra cadeia.