Ethereum: Mudanças na forma de operação da rede não reduziu o impacto climático da blockchain

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Ethereum: Mudanças na forma de operação da rede não reduziu o impacto climático da blockchain

Atualizado em 08/12/2022 por Ana Luiza

A rede de blockchain Ethereum passou por modificações importantes em suas regras operacionais neste ano com o The Merge. No entanto, apontam dados, a reformulação do processo de mineração da criptomoeda não reduziu os efeitos climáticos dessa atividade.

Em teoria, haveria uma redução potencial de até 99% do uso de energia elétrica nos processos de mineração, sendo isso saudado como um passo bastante importante para a criação de um setor de criptomoedas mais adequado com as prerrogativas de preservação do meio ambiente.

No entanto, em uma nova análise, foi possível constatar que essa mudança não teve os impactos desejados, revelando que, na realidade, esse objetivo de preservação do meio ambiente pode ser muito mais complicado do que parece ser.

De forma geral e ampla, a economia geral de energia, bem como os ganhos climáticos dela derivados, serão reduzidos apenas quando houver a troca ou o reaproveitamento dos computadores e equipamentos que acabam por ser mais “gastadores” de energia elétrica, de acordo com um artigo que foi publicado na última terça-feira, dia 6, na revista Cell Press Patterns, por Alex De Vries.

Por enquanto, a maior parte de todo os equipamentos utilizados está longe de ser descartável, sobretudo por conta do seu alto poder de processamento. Projetos podem fazer uso desse tipo de maquinário e ainda obter grande benefício por meio dele. Ou, simplesmente, podem ser usadas para quem desejar jogar algumas horas por dia.

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Consumo elevado de eletricidade continua sendo uma pedra no sapato da criptoeconomia – o que inclui a Ethereum

A maior quantidade de eletricidade que é consumida pela criptoeconomia como um todo segue sendo um grande ponto de discórdia, sobretudo porque os custos de energia estão se elevando em todo o planeta, comprometendo até mesmo orçamentos domésticos e familiares.

Até mesmo a Casa Branca, em setembro, afirmou que o impacto ambiental da produção de criptomoedas poderão impedir o prosseguimento dos esforços dos Estados Unidos no combate das mudanças climáticas. Já no mesmo mês, o Banco Central Europeu emitiu um aviso de que deverá apertar ainda mais os critérios para a supervisão da produção desse tipo de criptoativo.

Por outro lado, os ativos digitais estão começando a sinalizar uma melhora, ainda que discreta, depois de um cenário de queda bastante prolongada e de diversos colapsos que atingiram em cheio diversas empresas focadas na criptoeconomia, como a FTX e a Terraform Labs.

Embora os esforços das principais redes de blockchain ainda seja bastante relevante – como o da própria Ethereum, que mudou o seu protocolo de validação e mineração de blocos em sua rede –, não é possível afirmar que têm efeitos duradouros.

Alguns mineradores de larga escala do Ether, token nativo da Ethereum, já afirmaram que deverão utilizar seus pools de mineração para outras finalidades, sobretudo focadas em computação de alto desempenho, dado o investimento que fora feito em suas fazendas de mineração.

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