FTX deixou o mercado das Bahamas “traumatizado”, o que fez com que o governo local endurecesse regras para transações em cripto

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FTX deixou o mercado das Bahamas “traumatizado”, o que fez com que o governo local endurecesse regras para transações em cripto

Atualizado em 02/05/2023 por Ana Luiza

As Bahamas estão planejando reforçar as regulamentações no mercado de criptomoedas, após o colapso da exchange FTX, que estava baseada na nação insular.

A Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas sugeriu mudanças na Lei de Ativos Digitais e Exchanges Registradas, a fim de fortalecer os requisitos financeiros e a divulgação de relatórios das empresas de criptomoedas.

As revisões capturariam mais atividades, incluindo o staking, e haveria requisitos para exchanges de criptomoedas, custódia de criptos, stablecoins e tokens não fungíveis (NFTs). As stablecoins algorítmicas e os tokens de privacidade seriam banidos.

A lei está sendo atualizada com base nas lições aprendidas durante o chamado “inverno cripto” de 2022, bem como do benchmarking em jurisdições como a União Europeia, Hong Kong e Nova York.

O público pode fornecer feedback sobre a legislação proposta até 31 de maio. O fundador da FTX e ex-CEO da exchange, Bankman-Fried, havia se mudado para as Bahamas enquanto o país buscava se tornar um centro cripto.

Após ser preso e liberado sob fiança, ele agora está morando com seus pais em Palo Alto, na Califórnia, enquanto aguarda julgamento nos Estados Unidos. Ele se declarou inocente das alegações de fraude cometidas ao longo de anos na FTX.

As medidas propostas visam aumentar a transparência e a proteção dos investidores, além de fortalecer a imagem do país como um centro cripto confiável.

A regulamentação rigorosa também pode atrair mais empresas de criptomoedas para se estabelecerem nas Bahamas, o que poderia beneficiar a economia do país.

No entanto, é importante encontrar um equilíbrio entre a proteção dos investidores e a promoção da inovação e do crescimento no mercado de criptomoedas. O feedback do público será crucial para garantir que as regulamentações sejam eficazes e justas para todos os envolvidos.

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Ex-CEO da FTX sofre buscas em sua casa

Na última quinta-feira (27), uma equipe do FBI cumpriu um mandado de busca na casa de Ryan Salame, ex-CEO da subsidiária da FTX nas Bahamas, em uma nova reviravolta no caso FTX. O colapso da plataforma em novembro gerou acusações de fraude por diversas agências, promotores e investidores, pedindo punições severas para seus líderes, incluindo Salame.

O motivo da busca ainda é desconhecido, mas Salame, que se juntou à equipe da FTX em 2021 como CEO da FTX Digital Marketing, emergiu como peça central no escândalo após dizer aos reguladores das Bahamas que a bolsa pode ter desviado bilhões de dólares em fundos de clientes para a Alameda Research.

Além disso, o executivo ganhou manchetes ao doar mais de US$ 23 milhões para candidatos republicanos e comitês de ação política, o que o colocou na lista de personalidades da FTX com fortes conexões políticas, ao lado de Sam Bankman-Fried (SBF).

A nova busca na casa de Salame ocorre mais de cinco meses após o colapso da plataforma e é vista como parte das investigações em andamento sobre as alegações de fraude contra a FTX. O caso continua a ser acompanhado de perto por investidores e reguladores, que aguardam ansiosamente por novos desenvolvimentos.

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