Interpol confisca US$ 2 mi em criptomoedas e prende 3,9 mil golpistas

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Interpol confisca US$ 2 mi em criptomoedas e prende 3,9 mil golpistas

Atualizado em 28/06/2024 por Ana Luiza

Na última quinta-feira (27), a Interpol revelou os desdobramentos impactantes da megaoperação global denominada First Light, uma iniciativa coordenada em 61 países para desmantelar redes criminosas atuantes na internet. A ação, financiada pelo Ministério da Segurança Pública da China, culminou na detenção de 3.950 suspeitos e na congelamento de US$ 257 milhões em ativos, incluindo US$ 2 milhões em criptomoedas.

A cooperação internacional foi essencial, envolvendo agências como EUROPOL, AFRIPOL, ASEANAPOL, GCCPOL, e a Polícia Federal dos Emirados Árabes Unidos. Destaque também para a colaboração entre autoridades brasileiras e portuguesas, que resultou na interrupção de várias redes fraudulentas operando em escala global.

Os alvos principais da operação foram diversos: hackers perpetrando golpes de phishing, criminosos envolvidos em fraudes de investimentos, operadores de sites falsos de compras online, e golpistas praticando o famoso “golpe do amor”, além daqueles que se dedicam à falsificação de identidades.

Além das quase quatro mil prisões, a Interpol identificou mais de 14.600 indivíduos em todos os continentes que podem estar ligados aos crimes investigados. Um exemplo dramático foi o resgate de 88 jovens na capital da Namíbia, que eram obrigados a participar das atividades fraudulentas.

As apreensões foram igualmente impressionantes: 6.745 notas bancárias foram congeladas e aproximadamente US$ 135 milhões foram apreendidos em espécie, incluindo dólares, euros e ienes. Adicionalmente, foram confiscados bens no valor estimado de mais de US$ 120 milhões, compreendendo imóveis, veículos de luxo, joias e outras coleções de alto valor.

A Interpol utilizou o mecanismo Global Rapid Intervention of Payments (I-GRIP) para rastrear e interceptar os rendimentos ilícitos do crime, tanto em moeda fiduciária quanto em criptomoeda. Esta abordagem foi crucial para a identificação e apreensão dos fundos envolvidos nas atividades criminosas.

Isaac Kehinde Oginni, diretor da Interpol, enfatizou a importância dos resultados alcançados: “Os números desta operação representam vidas protegidas, crimes evitados e uma economia global mais saudável”. Yong Wang, chefe do escritório da Interpol em Pequim, acrescentou que “nenhum país está imune a este tipo de crime, e combatê-lo requer uma cooperação internacional muito forte”.

A operação First Light não apenas desarticulou redes de golpistas em escala global, mas também evidenciou a necessidade contínua de cooperação entre países e agências policiais para enfrentar os desafios crescentes da engenharia social e do crime organizado internacional.

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