Atualizado em 01/07/2022 por Pedro Moraes
Na última terça-feira (28), diversos países comemoraram o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. A data é considerada um marco por lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queers, pessoas intersexo e assexuais. Contudo, o preconceito segue enraizado em alguns locais do Brasil.
É o que aconteceu com Cátia Vedeschi, residente em São Paulo. A mãe de Guilherme, de 23 anos de idade, precisou sair de uma igreja evangélica na região depois do pastor do templo religioso repudiar o filho por ele declarar sua homossexualidade.
“Eu era evangélica, mas como o pastor falava que o meu filho tinha demônio, eu preferi sair da igreja e apoiar meu filho”, revelou a auxiliar de limpeza em reportagem exibida no programa “Profissão Repórter”, da TV Globo, exibido na última terça.
https://twitter.com/profreporter/status/1541981882631569408
Depois da reportagem, Cátia e Guilherme repercutiram nas redes sociais. Ainda que tenha sofrido o preconceito, ela declarou que mantém a fé erguida e continua orando de dentor de casa. A decisão de deixar de frequentar a igreja aconteceu como forma de demonstrar apoio ao filho, segundo ela.
A auxiliar de limpeza integra o coletivo “Mães Pela Diversidade”, projeto formado em 2014 por mães de filhos LGBTQIA+. A atividade atua com uma rede de apoio às mulheres e ambiciona conscientizar a população contra o preconceito.
De acordo com o maquiador, no início, a mãe apresentou dificuldade em assimilar que tinha um filho homossexual. Após isso, o rapaz valorizou o comportamento da mulher em contraponto às adversidades vividas.
“Ela falava que ia estar comigo independente de qualquer coisa. Tem muitas pessoas LGBTQIA+ que tem mães religiosas, mas as mães não querem saber. Tipo: ‘É essa a minha opinião, eu não vou te respeitar, eu não vou te aceitar e acabou’. Estou feliz de poder falar que tenho uma família que me respeita”, analisou o jovem ao “Profissão Repórter”.