Pastor e “homem de Deus” é acusado de pirâmide e fraude financeira

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Pastor e “homem de Deus” é acusado de pirâmide e fraude financeira

Atualizado em 25/08/2023 por Ana Luiza

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) lançou uma denúncia contra 27 indivíduos acusados de participação em uma elaborada pirâmide de criptomoedas na cidade de Unaí. O líder deste esquema, que se apresentava como um “homem de Deus”, é um dos principais denunciados pelos crimes de fraude financeira contra investidores.

Promessas de Lucros Exorbitantes

Os suspeitos enfrentam acusações de estelionato, crimes contra a economia popular, gestão fraudulenta e formação de organização criminosa. A investigação do MPMG identificou um total de 98 vítimas ligadas às empresas Embaixador Investimentos e Embaixador Bank.

O caso veio à tona por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo Paracatu, que vem investigando as atividades fraudulentas desde maio de 2022.

A Operação Mercadores do Templo

A Operação Mercadores do Templo foi deflagrada em maio de 2022 pelo Gaeco, em colaboração com a Polícia Civil, com o objetivo de desmantelar um esquema piramidal complexo que arrecadava recursos financeiros com promessas de lucros extraordinários.

A operação resultou em mandados de busca e apreensão e prisões preventivas executadas em Unaí, Belo Horizonte, Contagem, Guanhães, Belém/PA e Brasília/DF. Os bens apreendidos incluíam veículos de luxo, criptomoedas no valor de R$ 2,6 milhões e o bloqueio de R$ 2.109.374,46 nas contas dos denunciados.

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Antônio Sousa “liberava códigos” de “prosperidade financeira”. Imagem: brunocidadao.com.br

Novas Acusações e Prisões Preventivas

Na mais recente denúncia, quatro dos acusados, incluindo o líder do grupo criminoso conhecido como “embaixador”, tiveram a prisão preventiva solicitada. Além disso, a denúncia busca a alienação antecipada dos bens apreendidos e a liquidação das criptomoedas confiscadas.

O pedido de prisão se baseou na preocupação de que os acusados pudessem interferir nas investigações, ameaçando testemunhas e outras pessoas envolvidas no processo.

Explorando a Fé para Obter Lucro

A investigação revelou que os membros dessa organização criminosa usavam a fé como uma ferramenta para atrair investidores para os supostos serviços financeiros que ofereciam. O líder do grupo, que se apresentava como um “homem de Deus”, fazia uso de passagens bíblicas, jargões religiosos e até músicas gospel para persuadir as vítimas a investirem suas economias nas fraudes.

As empresas do grupo ofereciam serviços financeiros com a promessa de rendimentos ilusórios, incluindo juros mensais de 8,33% para pessoas físicas e 10% para pessoas jurídicas. A investigação destacou que o modus operandi desses acusados se assemelha ao de organizações criminosas envolvidas em esquemas conhecidos como “Esquemas Ponzi” ou pirâmides financeiras.

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