Atualizado em 07/12/2023 por Ana Luiza
Durante o evento “Digitalização da Economia: agenda de inovação do Banco Central do Brasil“, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou a importância de não expelir as criptomoedas do cenário financeiro, defendendo a necessidade de compreender e se aproximar desse mercado em expansão. As declarações foram feitas na terça-feira (5) e foram reportadas pelo UOL.
“O que o Banco Central (do Brasil) talvez seja um pouco diferente de alguns outros bancos é que entendemos que expelir o mundo de criptomoedas e de stablecoins do mundo financeiro talvez não seja a melhor coisa a fazer”, afirmou Campos Neto.
O presidente ressaltou o papel fundamental do Banco Central no desenvolvimento do setor Web3 no Brasil, destacando o projeto do Real Digital (Drex) como parte desse esforço. “A nossa CBDC é uma forma de fazer isso, de tentar trazer tudo para perto”, explicou. Campos Neto enfatizou que quanto mais próximo estiver do mercado de criptomoedas, mais eficaz será o processo de regulamentação, proporcionando uma compreensão mais profunda e reduzindo surpresas.
Em junho deste ano, o Banco Central foi designado pelo Poder Executivo como o órgão regulador do mercado de criptomoedas no Brasil, conforme estabelecido pelo Decreto 11.563. O decreto concede ao Banco Central o poder de regular a prestação de serviços com criptomoedas, autorizar participantes do mercado e supervisionar o funcionamento do setor.
Atualmente, o Banco Central ainda não definiu o conjunto completo de regras que o setor deverá seguir. Campos Neto, ao falar sobre o decreto, afirmou que o Banco Central está pronto para assumir seu papel regulador, mas também reconheceu que os Bancos Centrais globalmente estão em uma fase de aprendizagem e que um extenso caminho regulatório ainda precisa ser percorrido.
“Acho que temos um trabalho amplo para ser feito. Esse PL é um marco inicial, falamos de como regular as corretoras. Temos ainda um caminho bastante longo para percorrer em termos de regulação de criptomoedas”, concluiu o presidente do Banco.
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