Atualizado em 10/03/2023 por Ana Luiza
O Banco Central anunciou na quarta-feira, dia 8, a atualização das diretrizes do Real Digital, uma nova moeda que entrou em fase de testes nesta semana.
Essa nova ferramenta, que deve ser disponibilizada para correntistas em 2024, tem como objetivo promover um sistema financeiro mais aberto e inclusivo, oferecendo novos serviços e tecnologias para uma parcela mais ampla da população.
Uma das principais características do Real Digital é que todo o sistema funcionará com depósitos tokenizados, que são ativos reais convertidos em digitais, diferentemente das criptomoedas.
Essa abordagem proporciona maior segurança e estabilidade ao sistema, já que os tokens representam ativos reais, como imóveis, títulos e outras propriedades, em vez de serem criados a partir do nada.
De acordo com o Banco Central, as diretrizes atualizadas buscam criar um sistema financeiro mais aberto e democrático, que ofereça ferramentas de investimento, crédito e seguros de forma ampla e inclusiva.
Isso promoverá um maior nível de inclusão financeira, beneficiando uma parcela mais ampla da população, especialmente aquelas que ainda não possuem acesso a serviços financeiros tradicionais.
O Real Digital tem o potencial de revolucionar o setor financeiro, tornando-o mais acessível e inclusivo.
Com uma ampla gama de serviços financeiros disponíveis para todos, independentemente da sua renda ou localização, o Real Digital tem o poder de melhorar a vida das pessoas e impulsionar o crescimento econômico de todo o país.
Real Digital deve funcionar como um tipo de Pix de larga escala
De acordo com Fabio Araujo, coordenador do projeto do Banco Central, o Real Digital funcionará como uma versão em larga escala do Pix, permitindo transferências instantâneas de grandes valores no atacado, como grandes empresas e instituições financeiras.
Enquanto o Pix atende ao varejo, sendo usado por pessoas físicas, empreendedores e pequenas empresas, o Real Digital será um meio de pagamento para dar suporte à oferta de serviços financeiros de varejo.
Araujo explica que o foco do projeto são ativos do mundo real tokenizados, não criptoativos. Os depósitos tokenizados são representações digitais de depósitos mantidos por instituições financeiras ou instituições de pagamento.
Esses depósitos seguirão seus respectivos regimes normativos para acesso e trânsito de informações durante a fase de teste e poderão ser usados para liquidar operações com Título Público Federal “tokenizado” emitido na plataforma.
O objetivo do Real Digital é ampliar a oferta de produtos financeiros digitais no mercado, promovendo a inclusão financeira e oferecendo ferramentas de investimento, crédito e seguros de forma mais ampla e democrática.
A inclusão dos depósitos detidos pelas instituições financeiras e instituições de pagamento visa disponibilizar de forma segura os benefícios da tecnologia DLT para os clientes finais do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
Com o Real Digital, o Banco Central espera revolucionar o setor financeiro, tornando-o mais acessível, inclusivo e seguro.
A nova moeda tem o potencial de promover o crescimento econômico do país, facilitando as transações financeiras e ampliando o acesso a serviços financeiros para todos os brasileiros, independentemente da sua renda ou localização.