SEC processa Silvergate por “declarações enganosas” após colapso da FTX

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SEC processa Silvergate por “declarações enganosas” após colapso da FTX
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Atualizado em 03/07/2024 por Ana Luiza

Na segunda-feira (1º), a SEC moveu uma ação contra o Silvergate Bank e três ex-executivos, alegando violações de valores mobiliários relacionadas ao colapso da FTX em 2022. O banco, conhecido por seu suporte a criptoativos, fechou suas portas em março de 2023, marcando um fim tumultuado para uma instituição que havia se destacado no setor de criptomoedas.

Acusações e Multas

A SEC acusou o Silvergate de divulgar informações enganosas e falhar na supervisão adequada de transações no valor estimado de US$ 1 trilhão. Entre essas transações, destacam-se aproximadamente US$ 9 bilhões vinculados à FTX, uma exchange que entrou em colapso devido a ações fraudulentas de seu cofundador, Sam Bankman-Fried.

Alan Lane, ex-CEO, Kathleen Fraher, ex-COO, e Antonio Martino, ex-CFO, foram pessoalmente responsabilizados pelas violações. Lane e Fraher concordaram em pagar multas significativas, enquanto Martino enfrenta acusações mais severas por seu suposto envolvimento em um esquema fraudulento para mascarar a verdadeira situação financeira do banco.

O Contexto do Colapso

Antes de seu fechamento, o Silvergate havia se estabelecido como um banco chave para transações entre empresas cripto, especialmente após o lançamento da Silvergate Exchange Network em 2017. No entanto, enfrentou dificuldades regulatórias e pressões de mercado que culminaram em sua liquidação voluntária.

A falência do Silvergate foi parte de uma onda maior que incluiu outros bancos favoráveis a criptoativos, como o Signature Bank e o Silicon Valley Bank. Esses eventos dramáticos destacaram os riscos associados ao setor de criptomoedas, conforme observado pela deputada Elizabeth Warren.

A Reação da SEC e Respostas dos Envolvidos

Gurbir Grewal, diretor da Divisão de Execução da SEC, criticou o Silvergate e seus executivos por tentarem encobrir o uso de suas contas pela FTX para atividades ilícitas. Ele enfatizou que as declarações falsas sobre os programas de conformidade do banco foram uma tentativa de enganar investidores preocupados com a situação pós-colapso da FTX.

Martino, em particular, é acusado de falsear informações sobre vendas de títulos e outros instrumentos financeiros para sustentar o Silvergate após os eventos com a FTX. Essas ações supostamente incluíram a venda de bilhões em títulos de dívida, seguidos de um escrutínio interno que revelou centenas de transações suspeitas.

Conclusão

O processo contra o Silvergate e seus ex-executivos destaca os desafios e responsabilidades no setor financeiro cripto. Enquanto o mercado continua a evoluir, reguladores como a SEC buscam garantir que empresas e indivíduos sejam responsáveis por suas práticas e pela divulgação de informações precisas aos investidores.

A história do Silvergate serve como um lembrete dos riscos inerentes às transações financeiras em um ambiente emergente e altamente regulado, onde a confiança do público e a conformidade com as leis desempenham um papel crucial na sustentabilidade e no crescimento do setor de criptomoedas.

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