“Sheik das Criptomoedas” é preso novamente por retomar operações fraudulentas

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“Sheik das Criptomoedas” é preso novamente por retomar operações fraudulentas

Atualizado em 13/08/2024 por Ana Luiza

Francisley Valdevino da Silva, conhecido como o “Sheik das Criptomoedas”, foi preso novamente na manhã desta sexta-feira (9) durante a Operação Maracutaia, conduzida pela Polícia Federal de Curitiba. Francisley havia sido preso pela primeira vez em novembro de 2022, após ser acusado de liderar a pirâmide financeira Rental Coins. No entanto, ele foi libertado provisoriamente em julho de 2023, sob a condição de cumprir uma série de medidas cautelares.

Violação de Medidas Cautelares e Nova Prisão

A nova prisão de Francisley foi resultado da violação dessas medidas cautelares. De acordo com a Polícia Federal, o investigado retomou suas atividades fraudulentas, utilizando a conta bancária de um ex-funcionário para ocultar transações financeiras em Curitiba. Vítimas do esquema denunciaram as ações de Francisley à Polícia Federal, o que levou à sua prisão preventiva nesta manhã.

A Polícia Federal afirmou em nota que Francisley, réu na Operação Poyais, violou as medidas cautelares ao retomar operações ilegais e envolver antigos colaboradores em suas atividades criminosas. A Operação Maracutaia foi deflagrada para interromper essas atividades e aprofundar as investigações sobre a responsabilidade criminal de outros envolvidos no esquema.

Operação Maracutaia e Ações da Polícia Federal

Na operação desta sexta-feira, cerca de 30 policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão em Curitiba e São José dos Pinhais. Além disso, foram bloqueados valores de contas relacionadas aos investigados.

Histórico do Caso

Francisley Valdevino da Silva ganhou notoriedade ao liderar a pirâmide financeira Rental Coins, que atraiu diversas vítimas, incluindo celebridades como o cantor Wesley Safadão e Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa. Sasha, por exemplo, perdeu R$ 1,2 milhão ao cair no esquema.

As investigações sobre a Rental Coins começaram em março de 2022, após uma série de queixas de clientes sobre saques bloqueados. Em outubro de 2022, a Polícia Federal deflagrou a Operação Poyais, acusando o grupo de organizar um esquema internacional de lavagem de dinheiro, utilizando criptomoedas como fachada.

As investigações internacionais tiveram início em janeiro de 2022, quando autoridades dos Estados Unidos alertaram sobre uma empresa com atuação nos EUA e liderada por um brasileiro residente em Curitiba, suspeito de envolvimento em uma conspiração multimilionária de lavagem de dinheiro. Como resultado, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) formalizou em dezembro de 2022 acusações contra Francisley, ligando-o a esquemas de pirâmide com criptomoedas como IcomTech, Forcount (também conhecido como ‘Weltsys’), além da Rental Coins.

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