Atualizado em 24/12/2022 por Pedro Moraes

Uma pesquisa indicou que mais da metade dos trabalhadores, isto é, 54% deles estão descontentes com o emprego que tem. Profissionais de 38 países em todo o mundo foram consultados pelo estudo. A pesquisa ainda aponta que, para mais de 50% dos entrevistados, o trabalho estimula sentimentos como tédio e esvaziamento do sentido da vida – estado chamado por languishing.

De acordo com os números coletados pela rede dinamarquesa Woohoo Unlimited Partnership, a pesquisa envolveu o apoio do Instituto Feliciência para captação dos dados relacionados ao Brasil. No geral, a proposta da pesquisa foi fazer um mapeamento da infelicidade no ambiente de trabalho.

Cerca de 18% dos entrevistados apontam ter, diariamente, dias ruins no trabalho ou pelo menos na maioria deles. No mais, 15% levantaram um aspecto importante: o último dia bom no trabalho aconteceu há mais de um mês.

A conduta do trabalho remoto foi uma das evidências mais recorrentes na comparação entre as edições de 2018 e essa mais atual, a qual responde pela primeira edição da pesquisa publicada após a pandemia da Covid-19.

“O que a gente pode observar é que houve uma necessidade de trabalhar de casa, e as pessoas fizeram isso com autonomia. Elas responderam à necessidade das organizações de seguirem funcionando da forma como foi possível”, analisou a diretora da instituição, Carla Futado, em entrevista ao site Metrópoles. “Autonomia é essa capacidade de decidir a forma de trabalhar”, acrescentou.

Ainda segundo a gestora, diversas organizações visam retomar os modelos tradicionais de forma ácida, ou seja, rápida, para readquirir o controle sobre os movimentos dos funcionários. “Fica difícil porque as pessoas experimentaram o que é responder por si mesmas”, cita.