Valor do mercado de criptomoedas sofre a maior queda desde 2022

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Valor do mercado de criptomoedas sofre a maior queda desde 2022

Atualizado em 06/08/2024 por Ana Luiza

A capitalização total do mercado de criptomoedas sofreu uma queda significativa de 14% em apenas um dia, marcando o maior declínio desde janeiro de 2022. No domingo, 4 de agosto, o valor combinado de todas as criptomoedas disponíveis era de US$ 2,1 trilhões. No entanto, após saídas de mais de US$ 300 milhões, esse valor despencou para US$ 1,8 trilhão, conforme os dados do Coingecko.

Na manhã de segunda-feira, 5 de agosto, o Bitcoin experimentou uma leve recuperação, elevando a capitalização de mercado de volta ao patamar de US$ 2 trilhões. No momento da redação, o Bitcoin está cotado a US$ 52.087, apresentando uma queda de 14,5% nas últimas 24 horas.

Durante o período entre domingo e segunda-feira, mais de 300 mil traders foram liquidadas, totalizando US$ 1,1 bilhão em liquidações nas corretoras centralizadas, de acordo com a firma de análises Coinglass. O Bitcoin liderou o volume de liquidações, com US$ 362 milhões, sendo US$ 302 milhões referentes a posições longas. Essas posições representam apostas de que o preço do Bitcoin subiria. Quando liquidadas, os investidores foram forçados a vender suas criptomoedas a preços mais baixos devido ao movimento adverso do mercado.

O Ethereum também registrou um alto volume de liquidações, totalizando US$ 346 milhões, com US$ 297 milhões em posições longas.

A queda acentuada no valor das criptomoedas pode ser atribuída a fatores econômicos globais, de acordo com Anndy Lian, especialista intergovernamental em blockchain. Lian destacou a crescente interconexão entre os mercados financeiros tradicionais e o mercado de criptoativos como um fator relevante. “Há uma conexão crescente entre os mercados financeiros tradicionais e os mercados de criptoativos, o que significa que as interrupções em um podem levar à instabilidade no outro”, afirmou Lian ao Decrypt.

Ele também apontou os recentes acontecimentos na economia dos EUA como um dos principais catalisadores para a queda. “A taxa de desemprego aumentou para 4,3%, em comparação com 4,1% anteriormente. Esse aumento inesperado gerou temores de uma possível recessão, o que fez com que os investidores ficassem preocupados com a possibilidade de o Federal Reserve demorar a reagir com cortes nas taxas de juros”, concluiu Lian.

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