Venezuelanos perdem acesso à Binance após restrições de Maduro

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Venezuelanos perdem acesso à Binance após restrições de Maduro

Atualizado em 13/08/2024 por Ana Luiza

Usuários da Binance na Venezuela estão enfrentando dificuldades para acessar a plataforma, segundo informações da própria exchange em uma publicação no X (antigo Twitter). A situação ocorre após o presidente Nicolás Maduro impor um bloqueio de 10 dias à rede social X, o que parece ter afetado também o acesso à Binance.

Bloqueios e Restrição de Acesso

De acordo com a Binance, “como vários sites de empresas em diferentes segmentos na Venezuela, incluindo redes sociais, as páginas da Binance têm enfrentado restrições de acesso”. A empresa afirmou que está “monitorando a situação de perto” e garantiu que os fundos dos usuários estão seguros, referindo-se ao Secure Asset Fund for Users (SAFU), um fundo destinado a proteger os ativos dos clientes.

A organização de direitos humanos VE sin Filtro informou que a operadora estatal de telefonia e internet CANTV está bloqueando o serviço Amazon CloudFront, o que resultou em bloqueios de vários sites, incluindo a Binance.

Contexto Político e Social

As restrições ao acesso à Binance seguem o anúncio do presidente Nicolás Maduro, na quinta-feira (8), de que o acesso ao X seria bloqueado por 10 dias. O objetivo, segundo Maduro, é “pôr fim aos planos nas redes de semear violência, ódio e atacar a Venezuela do exterior”.

A situação na Venezuela está tensa após o Conselho Eleitoral Nacional proclamar Maduro vencedor da eleição de 28 de julho. No entanto, a oposição, liderada por Edmundo González Urrutia, afirmou que houve fraude, alegando que Maduro teria perdido a disputa. Essa alegação de fraude tem gerado desconfiança e tensão, com diversos países exigindo uma comprovação dos resultados e não demonstrando apoio ao presidente.

Implicações

O bloqueio de informações, incluindo a restrição ao X e a possível interferência no acesso à Binance, ocorre em um momento de grande tensão política e social na Venezuela. A situação é agravada por relatos de prisões, abusos de direitos humanos e violência por parte das forças de segurança, conforme declarado pelas Nações Unidas.

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