Verba Para Combater Incendios Ja Chega A Quase R 130 Miilhoes Ref Sec Grupo3 Brasil

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Verba Para Combater Incendios Ja Chega A Quase R 130 Miilhoes Ref Sec Grupo3 Brasil

Atualizado em 06/04/2022 por Redação


Verba para combater incêndios já chega a quase R$ 130 milhões
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Mesmo com os diversos cortes de orçamento no Ministério do Meio Ambiente deste ano, – em abril, o ministro Ricardo Salles reduziu R$ 24% das verbas destinadas ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) – o governo federal deverá contar com ao menos R$ 129 milhões para combater os incêndios florestais na Amazônia. No entanto, apenas cerca de 29% deste montante virá dos cofres brasileiro.

Nesta segunda (26), o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou que os líderes do G7 vão providenciar, imediatamente, 20 milhões de euros (cerca de R$ 91 milhões) de ajuda emergencial para combater as queimadas. Na última sexta (23), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou que o Executivo iria empregar R$ 38,5 milhões.

De acordo com agência France Press, a maior parte do montante destinado pelo G7 será para custear o envio de aviões Canadair de combate a incêndios. O grupo de países ricos também propôs uma assistência de médio prazo para o reflorestamento, a ser apresentada na Assembleia Geral da ONU no final de setembro. Para recebê-la, o governo brasileiro teria que concordar em trabalhar com ONGs e populações locais, disse o governo francês.

O anúncio do G7 veio dias depois de o presidente francês trocar farpas com Jair Bolsonaro. Pelo Twitter, Macron afirmou que Bolsonaro era “mentiroso” e que o Brasil não estava cumprindo os acordos ambientais. Em resposta, Bolsonaro lamentou que Macron buscasse “instrumentalizar” uma questão interna do Brasil para “ganhos pessoais”.

Agora, sobre o montante disponibilizado pelo G7, Bolsonaro questionou qual seria a real intenção dos países ricos. “Será que alguém ajuda alguém – a não ser uma pessoa pobre, né? – sem retorno? […] O que que eles querem lá há tanto tempo?”, afirmou.

Pelas redes, Bolsonaro disse que conversou sobre a Amazônia com o presidente da Colômbia, Iván Duque, e que não se pode aceitar que Macron “dispare ataques descabidos e gratuitos à Amazônia”. “Não podemos aceitar que o Macron disfarce suas intenções atrás da ideia de uma ‘aliança’ dos países do G-7 para ‘salvar’ a Amazônia, como se fôssemos uma colônia ou uma terra de ninguém”, postou Bolsonaro.

Apesar da visão de Bolsonaro, o ministro Ricardo Salles afirmou que toda verba que chegasse seria “sempre bem-vinda”.

“Eu queria aproveitar inclusive para lembrar que desde 2005 o Brasil tem cerca de 250 milhões de toneladas de gás carbônico, mecanismo de desenvolvimento limpo, para receber, e isso gera mais ou menos uma receita de US$ 2,5 bilhões. Essa é também uma medida que nós pedimos que os países desenvolvidos, o G7, nos ajudem a quitar essa fatura do Protocolo de Kyoto, esse crédito que o Brasil tem, o que seria muito bem-vindo para nós”, afirmou.

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