Atualizado em 24/08/2023 por Ana Luiza
As criptomoedas estão no centro de um turbilhão de controvérsias à medida que Nadir Hajarabi, um alegado ex-funcionário do projeto Worldcoin, levanta sérias alegações em um vídeo no YouTube. Ele afirma ter rompido laços com a empresa e agora colabora com autoridades de diversas jurisdições para investigar as práticas do projeto.
A Worldcoin, liderada por Sam Altman, CEO e fundador do ChatGPT, tem estado sob intensa especulação desde seu lançamento. Altman, uma figura proeminente no mundo da tecnologia, trouxe os holofotes para suas iniciativas.
Hajarabi, no vídeo, compartilha profundas preocupações sobre o projeto, mencionando que detectou sinais de alerta “desde o primeiro dia”. Mesmo após tentar expressar essas preocupações à equipe jurídica e ao CEO, ele alega que suas alegações foram ignoradas.
Worldcoin: Missão Nobre, Execução Questionável
A missão da Worldcoin é ambiciosa: “fornecer renda básica universal para todos ao redor do mundo simplesmente porque são seres humanos”. No entanto, Hajarabi sugere que a execução e os detalhes operacionais, particularmente em relação ao token Worldcoin, WLD, e ao lançamento de seu white paper, eram problemáticos.
Apesar de ser um crente fervoroso na visão da startup, Hajarabi caracteriza os esforços da empresa como uma “execução horrenda que merece o que virá a seguir”, apontando para as águas turvas nas quais o projeto está navegando.
Para proteger sua integridade e legalidade, Hajarabi contratou advogados e foi aconselhado a manter alguns detalhes sob sigilo, mas ele fez questão de dissociar publicamente seu nome do projeto Worldcoin.
Controvérsias Biométricas
Uma das questões mais polêmicas em torno da Worldcoin é sua proposta de escanear as íris da população global para autenticação digital. De acordo com o projeto, mais de 2,2 milhões de pessoas já forneceram seus dados biométricos em troca da criptomoeda.
Desde seu lançamento em julho, o Worldcoin tem sido objeto de discussões acaloradas entre especialistas e reguladores, principalmente fora dos Estados Unidos. A iniciativa enfrentou críticas significativas devido a preocupações com a privacidade e o potencial uso exploratório de dados em países em desenvolvimento.
Investigações Globais
Em um desdobramento recente, a operação da Worldcoin foi suspensa no Quênia, onde era particularmente popular. Em Nairóbi, as instalações da empresa foram invadidas como parte das investigações em andamento. Outros países, incluindo Alemanha, França e Reino Unido, também iniciaram suas próprias investigações.
A afirmação de Hajarabi de que está colaborando com autoridades de várias jurisdições adiciona uma nova camada de complexidade ao escândalo.
A autenticidade do envolvimento de Hajarabi com a Worldcoin ainda precisa ser confirmada. Tanto Hajarabi quanto a Worldcoin foram contatados para comentar sobre o assunto, e atualizações serão fornecidas à medida que mais informações se tornem disponíveis.
Confira o vídeo completo abaixo:
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