Santander começa a vender Bitcoin e Ethereum

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Santander começa a vender Bitcoin e Ethereum

Atualizado em 25/06/2024 por Ana Luiza

O mercado de criptomoedas no Brasil ganhou novos impulsos significativos com os recentes anúncios de Nubank e Santander. Ambas as instituições financeiras, reconhecidas pela inovação e crescimento rápido, tomaram medidas para integrar e expandir suas ofertas de criptoativos, mostrando uma tendência crescente de bancos tradicionais se adaptarem às novas demandas do mercado financeiro digital.

Nubank Integra Lightning Network do Bitcoin

O Nubank anunciou uma parceria com a Lightspark para integrar a Lightning Network (LN) do Bitcoin em sua plataforma. A Lightning Network é uma solução de segunda camada que permite transações mais rápidas e baratas do Bitcoin, funcionando de forma independente da blockchain principal, mas interagindo com ela para garantir a segurança e a eficiência das transações.

David Marcus, CEO e cofundador da Lightspark, descreveu a parceria como um marco significativo para a Lightning Network. Ele destacou que a colaboração com o Nubank trará a tecnologia para milhões de clientes, promovendo uma adoção mais ampla e eficiente das criptomoedas. Marcus enfatizou que a integração com a LN permitirá que o Nubank continue evoluindo suas soluções cripto, oferecendo uma experiência aprimorada aos seus usuários.

Thomaz Fortes, diretor executivo do Nubank Cripto, também comentou sobre a parceria, destacando que esta é uma continuação da missão do Nubank de fornecer as melhores soluções para seus clientes. Fortes afirmou que a colaboração reforça o relacionamento de longo prazo do banco com seus usuários e fortalece suas ofertas no mercado de criptomoedas.

Lançada em maio de 2022, a plataforma Nubank Cripto começou com a oferta de quatro criptomoedas: Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Polygon (MATIC) e Uniswap (UNI). Desde então, a plataforma expandiu seu portfólio para incluir outros ativos, como Polkadot (DOT), Avalanche (AVAX), Solana (SOL) e Nucoin, o token de utilidade do banco para programas de fidelidade.

Recentemente, o Nubank anunciou a funcionalidade de transferências de criptomoedas, permitindo que os clientes enviem e recebam criptoativos diretamente de suas carteiras externas. Essa solução começou com Bitcoin, Ethereum e Solana (SOL) e está sendo disponibilizada gradualmente aos usuários. O banco também colabora com a Chainalysis para garantir a conformidade e segurança em todas as transações de criptomoedas.

Santander Brasil e a Plataforma Toro

Enquanto o Nubank expande suas soluções cripto com a Lightning Network, o Santander Brasil está entrando no mercado de criptomoedas através de sua plataforma digital de investimentos Toro. Após três anos de estudos sobre o mercado cripto, o Santander começou a oferecer negociação de Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) para um grupo restrito de clientes da Toro com perfil de risco agressivo.

João Resende, fundador e presidente-executivo da Toro, explicou que a plataforma já estuda a possibilidade de oferecer outras criptomoedas e ativos tokenizados. Resende justificou a demora na liberação dos negócios com criptomoedas devido aos diversos crivos que as infraestruturas de negociações, custódia e demais parceiros precisaram passar dentro da estrutura de tecnologia e conformidade do banco.

Inicialmente, a opção de negociar BTC e ETH está sendo oferecida apenas para um seleto grupo de clientes que possuem o perfil de risco adequado. Os clientes interessados precisam ter uma conta na plataforma Toro, passar por um teste de perfil e responder a um questionário. Mesmo assim, o acesso à negociação pode não ser imediato, já que o serviço será liberado aos poucos para a base de um milhão de clientes.

Apesar de liberar a negociação direta de Bitcoin e Ethereum agora, o Santander já oferece fundos negociados em bolsa (ETFs) e outros fundos de investimento em criptomoedas para private banking e segmentos específicos de clientes. A entrada direta no mercado de criptoativos através da Toro representa uma nova fase para o banco, que busca se adaptar e se posicionar de forma competitiva no setor de criptomoedas.

Implicações e Futuro

As iniciativas do Nubank e do Santander refletem uma tendência mais ampla de instituições financeiras tradicionais que reconhecem a importância e o potencial das criptomoedas. A integração da Lightning Network pelo Nubank e a entrada do Santander na negociação direta de criptoativos são passos importantes para promover a adoção e acessibilidade das criptomoedas no Brasil.

Esses desenvolvimentos não apenas melhoram a experiência dos usuários, mas também posicionam ambos os bancos como líderes inovadores no setor financeiro digital. À medida que o mercado de criptomoedas continua a evoluir, a capacidade de realizar transações rápidas, seguras e econômicas se torna cada vez mais crucial. A colaboração entre fintechs e desenvolvedores de soluções cripto promete transformar o cenário financeiro, oferecendo novas oportunidades e desafios.

O futuro das transações cripto parece promissor, com bancos como Nubank e Santander liderando o caminho. Suas iniciativas mostram um compromisso com a inovação e a adaptação às necessidades dos clientes, garantindo que estejam preparados para as mudanças e demandas do mercado financeiro digital. Com essas parcerias e expansões, o mercado de criptomoedas no Brasil está pronto para crescer e se consolidar ainda mais.

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