Atualizado em 31/08/2023 por Ana Luiza
Na mais recente reviravolta envolvendo o controverso aplicativo de arbitragem de criptomoedas Bybot, o seu representante, Gustavo Diniz, conhecido como “Engomadinho do Bitcoin”, estaria enfrentando sérias ameaças de organizações criminosas brasileiras. Informações do portal Metrópoles indicam que facções notórias, o Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo (SP) e o Comando Vermelho (CV) do Rio de Janeiro (RJ), estão em busca do empresário, após a interrupção de saques na plataforma e alegações de um calote massivo de R$ 70 milhões nos usuários do aplicativo.
Gustavo Diniz, que supostamente se encontra em Bangkok, Tailândia, teria sido alvo de ameaças por parte dessas organizações criminosas, as quais também alegam terem sido prejudicadas pelas operações de Diniz e da Bybot. Os deputados federais Caio Vianna (PSD/RJ) e Alfredo Gaspar (União/AL) apresentaram requerimentos à Câmara dos Deputados, solicitando a convocação de Gustavo Diniz para prestar esclarecimentos perante a CPI das Criptomoedas.
No caso do PCC, evidências sugerem que a facção teria R$ 30 milhões em Bitcoin (BTC) depositados na Bybot, provenientes de suas atividades. Mensagens obtidas pela publicação apontam para o monitoramento de endereços ligados a Gustavo Diniz e mencionam uma “visita da irmandade” aos familiares do representante da Bybot como possível retaliação pelo suposto prejuízo.
No contexto do Comando Vermelho, que teria investido na Bybot para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, a reportagem menciona imagens de dois operadores do aplicativo que circulam em grupos de WhatsApp. Esses operadores teriam gerenciado diretamente as carteiras dos clientes antes da desativação da Bybot. A facção carioca ofereceu uma recompensa de R$ 15 mil por informações que levem ao paradeiro desses operadores, com a ressalva de que deseja tê-los vivos.
O deputado Caio Vianna justificou o requerimento de convocação de Gustavo Diniz à CPI das Criptomoedas devido à gravidade das suspeitas de fraude e aos sérios prejuízos causados, visando responsabilizar os envolvidos e recuperar os recursos em benefício das vítimas. Já Alfredo Gaspar destacou que, apesar das alegações de golpes, o gestor da Bybot ostentava um estilo de vida de luxo em resorts e praias paradisíacas, ecoando padrões anteriores de vítimas financeiras de esquemas semelhantes.
Esta recente reviravolta coloca a CPI das Criptomoedas mais uma vez no centro das atenções, enquanto investiga casos complexos que impactam diretamente a comunidade de criptomoedas e os mercados financeiros do Brasil. O presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro, também está avaliando medidas relacionadas a outra polêmica envolvendo a agência de viagens 123 Milhas, indicando um cenário de intensa atividade na investigação de crimes financeiros e criptomoedas.
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