Atualizado em 03/02/2024 por Ana Luiza
A Polícia Federal brasileira confirmou a extradição de um ex-diretor da Braiscompany da Argentina para o Brasil. Embora as autoridades não tenham divulgado o nome do indivíduo preso, indícios apontam para Victor Hugo Learth como o suspeito em questão. A prisão ocorreu em Puerto Iguazu em junho do ano passado, e o indivíduo foi entregue à Justiça brasileira no final de janeiro deste ano.
Braiscompany: Transferência e prisão
Após a entrega à Justiça brasileira, o ex-diretor foi encaminhado ao presídio do Serrotão, em Campina Grande, nas primeiras horas de fevereiro. A ação foi parte de um processo que se desdobrou ao longo de meses, desde a prisão inicial na Argentina até a efetivação da extradição.
Indícios de participação em esquema fraudulento
Segundo informações do jornalista Maurílio Junior, Victor Hugo Learth estava entre os brasileiros presos na Argentina em junho de 2023, juntamente com Arthur Barbosa e Sabrina Lima. O Ministério Público argentino afirmou, em documento oficial, que a extradição era justificada pelas atividades do brasileiro como operador financeiro do esquema da Braiscompany.
Acusações e provas
O MP argentino detalhou que o ex-diretor extraditado teria captado e desviado mais de R$ 4 milhões. Vídeos publicados no canal do YouTube da Braiscompany, nos quais o suspeito promovia a empresa, serviram como evidência de sua participação no esquema.
Acordo de extradição
O acordo para a extradição foi assinado pelo juiz titular do Juizado Federal de Eldorado, Miguel Ángel Guerrero. O documento afirmou que as instituições envolvidas na análise do pedido de extradição concluíram que as investigações indicavam a prática de crimes puníveis com prisão superior a dois anos, de acordo com as leis do Brasil e da Argentina.
O caso Braiscompany: esquema fraudulento de criptomoedas
Histórico do esquema
A Braiscompany era uma empresa que prometia retornos fixos aos clientes por meio de supostos investimentos em criptomoedas. O esquema envolvia a compra de Bitcoin pelos clientes, que eram então instruídos a enviar os valores para uma wallet da empresa.
Colapso e investigações
Em dezembro de 2022, a Braiscompany cessou os pagamentos aos clientes, e em fevereiro de 2023, o esquema foi exposto, levando à abertura de um processo penal contra os fundadores da empresa, Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, que estão atualmente foragidos.
Movimentação financeira suspeita
De acordo com a Polícia Federal, foram movimentados cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas em contas ligadas aos sócios da Braiscompany nos últimos quatro anos.
Conclusão
A extradição do ex-diretor da Braiscompany da Argentina para o Brasil marca um avanço significativo nas investigações sobre o esquema fraudulento envolvendo a empresa. As autoridades seguem empenhadas em desvendar casos de crimes financeiros envolvendo criptomoedas, destacando a importância da regulamentação e fiscalização rigorosa nesse setor em constante evolução.
Leia também:
- Justiça determina devolução de R$ 322 mil em Bitcoin pela Bitso após vítima de sequestro
- 54% dos tokens no Ethereum podem esconder esquemas de Manipulação
- Receita Federal identifica 25 mil brasileiros com Bitcoin não declarado
- My Neighbor Alice anuncia Alpha Season 4
- Bitcoin sofre queda enquanto espera novos dados do PIB dos EUA