Atualizado em 16/04/2024 por Ana Luiza
Desde janeiro deste ano, a Grayscale Investments testemunhou uma significativa erosão em suas reservas de Bitcoin, com uma queda de 50% em seu ETF Grayscale’s Bitcoin Trust (GBTC). Essa redução acompanha a liberação pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para negociação de ETFs de Bitcoin à vista.
Com essa diminuição, a participação de mercado do GBTC, considerando os Bitcoins detidos, caiu de 100% para 37,3%. Enquanto isso, no mesmo período, os ETFs de Bitcoin iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock e o FBTC da Fidelity ganharam 32,2% e 17,8% de participação, respectivamente, de acordo com dados do The Block.
Um fator que pode ter contribuído para a queda do GBTC é a taxa aplicada ao produto, que é substancialmente mais alta do que a de seus concorrentes. Enquanto o IBIT da BlackRock cobra uma taxa de 0,12%, o GBTC da Grayscale aplica uma taxa de 1,5%.
Em um mercado onde a desconfiança é evidente, os fundos da BlackRock e Grayscale emergem como os únicos ainda robustos. Durante dois dias consecutivos de negociação, o IBIT da BlackRock e o GBTC da Grayscale foram os únicos ETFs de Bitcoin à vista dos EUA a registrar quaisquer fluxos, conforme relatado pela publicação.
Segundo James Butterfill, chefe de pesquisa da CoinShares, os investidores parecem estar hesitantes diante da estagnação da dinâmica positiva dos preços.
Atualmente, os ativos combinados mantidos por todos os ETFs de Bitcoin à vista dos EUA totalizam quase 840.000 BTC, representando mais de 4% do fornecimento total de 21 milhões de bitcoins.
Enquanto isso, no cenário asiático, o regulador de valores mobiliários de Hong Kong recentemente concedeu aprovação condicional para uma série de aplicações de ETFs de Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) à vista, seguindo um fim de semana marcado por tensões e quedas de preços.