Atualizado em 15/05/2022 por Redação
Autoridades de saúde da República Democrática do Congo (RDC) estão lutando para conter um surto de Ebola depois que uma segunda pessoa morreu do vírus, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (26).
O país declarou um novo surto da doença na semana passada após a morte de um homem de 31 anos, que foi diagnosticado com a doença em Mbandaka, na província de Equateur, noroeste da RDC, depois de estar doente por mais de uma semana. Sua cunhada, uma mulher de 25 anos, foi a segunda vítima. Ela morreu em 25 de abril.
“Esta é uma notícia muito triste, e devemos continuar a colocar todos os nossos esforços para salvar a vida de qualquer outra pessoa que possa ter contraído o vírus. Até agora, pelo menos 145 pessoas foram listadas como contatos”, disse Fiona Braka, líder da equipe para respostas de emergência no Escritório Regional da OMS para a África.
A OMS disse que as investigações para determinar a origem do surto atual continuam em andamento. Houve três surtos de ebola na província de Equateur desde 2018.
A mulher começou a apresentar sintomas em 13 de abril, disse Braka, acrescentando que “socorristas estão trabalhando intensamente para encontrar qualquer pessoa que possa ter interagido com ela enquanto ela estava sintomática e monitorando de perto sua saúde”. Ela recebeu um “enterro seguro e digno”, acrescentou Braka.
O primeiro paciente começou a apresentar sintomas em 5 de abril e procurou tratamento em uma unidade de saúde local antes de ser internado em um centro de tratamento em ebola em 21 de abril para terapia intensiva, informou a OMS no fim de semana. Ele morreu mais tarde naquele dia, confirmou a organização.
Controle da doença
“A doença teve um grande avanço de duas semanas e agora estamos tentando recuperar o atraso. A notícia positiva é que as autoridades de saúde da República Democrática do Congo têm mais experiência do que qualquer outra pessoa no mundo no controle rápido de surtos de Ebola”. Disse Matshidiso Moeti, Diretor Regional da OMS para a África.
As vacinas serão enviadas para Mbandaka e administradas através da estratégia de ‘vacinação em anel’. Onde os infectados e contatos dos contatos são vacinados para conter a propagação do vírus e proteger vidas.
A RDC sofreu 13 surtos de Ebola no total, incluindo um que começou em 2018 e fez quase 2300 vítimas, segundo a OMS.
Os surtos anteriores na província de Equateur foram em 2020, quando 130 casos foram relatados, e em 2018, quando 54 casos foram registrados, disse a OMS. O ebola é uma doença grave, com taxas de mortalidade variando de 25% a 90% em surtos anteriores, disse a OMS. No entanto, já estão disponíveis tratamentos eficazes que melhoram as chances de sobrevivência.
“Muitas pessoas em Mbandaka já estão vacinadas contra o Ebola, o que deve ajudar a reduzir o impacto da doença”, disse Matshidiso Moeti, Diretor Regional da OMS para a África. “Todos aqueles que foram vacinados durante o surto de 2020 serão revacinados”. O país da África Central teve mais surtos de Ebola do que qualquer outro país desde que o vírus foi descoberto pela primeira vez perto do rio Ebola na região norte da RDC em 1976.