Atualizado em 01/08/2022 por Pedro Moraes
O Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) de São Paulo publicou várias sugestões para selar a segurança da instalação do kit de Gás Natural Veicular (GNV) nos automóveis. Por causa da alta no preço dos combustíveis, diversos motoristas optam pela utilização do gás veicular, majoritariamente, mais barato.
Dados do Ministério da Infraestrutura sinalizam, no primeiro semestre deste ano, que o número de veículos aprovados a ter GNV no país passou para 6,5%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, em comparação a 2020, a alta alcançou 47%.
Um veículo explodiu em um posto de combustível, situado no Rio de Janeiro, na última terça-feira (26), enquanto estava em processo de abastecimento com GNV. Acima de tudo, o proprietário do carro morreu no dia seguinte ao acidente.
Conforme o Ipem, o motorista que quiser realizar a conversão vai precisar, sobretudo, procurar uma oficina registrada no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Pelo site do Inmetro, a lista com os instaladores registrados pode ser consultada.
Do mesmo modo, é preciso obter autorização prévia do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Posteriormente, o motorista precisa escolher o kit de instalação de GNV que seja compatível com seu veículo.
“O de terceira geração é indicado para motores aspirados ou com injeção eletrônica de mono ou multiponto. O kit de quinta geração é recomendado para veículos mais potentes e mais modernos. Se o veículo funcionar com injeção direta de combustível é usado o de sexta geração. As diversas gerações de kit’s possuem princípios de funcionamento, desempenho, manutenção e preços diferentes”, sinaliza o comunicado do Ipem.
Ainda assim, o instituto sugere que nunca sejam colocadas peças de outros proprietários. Segundo o Ipem, os membros de origem desconhecida podem apresentar problemas graves, tais como vazamentos e falta de adequação ao tipo de carro.
“A única exceção permitida é a do cilindro de GNV, que pode ser novo ou requalificado, desde que tenha o respectivo certificado de requalificação. Também deve-se ter cuidado com produtos oferecidos em redes sociais ou comércio virtual quando não há clareza das informações do cilindro”, destaca.
Por fim, o Ipem sugere que o motorista obrigue a oficina a efetuar uma inspeção no veículo antes da instalação. Problemas em velas, cabos, bateria, e na injeção eletrônica poderão comprometer a instalação do GNV e o desempenho geral do veículo.