Atualizado em 01/12/2022 por Ana Luiza
A BlockFi era uma das maiores empresas focadas em empréstimos de criptomoedas em todo o mercado, mas agora também invoca o capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos, em um movimento semelhante àquele que fora feito pela própria FTX no início deste mês.
Enquanto plataforma voltada para crédito, a BlockFi era uma das pioneiras e, mais do que isso, uma das maiores do mercado norte-americano, mas, na última segunda-feira, dia 28, a empresa entrou com um processo de falência nos Estados Unidos, logo depois de ter de suspender seus saques por conta do contágio sofrido pela falência da FTX, um duro golpe para todo o mercado, de forma geral.
A empresa anunciou no último dia 28 que ingressou na Justiça americana com um pedido no contexto do capítulo 11 da lei de falências, que é bastante similar àquele que trata da recuperação judicial no Brasil.
Dessa forma, podemos entender que o pedido pelo capítulo 11 indica que, da mesma forma que a FTX fez, a empresa pretende tentar se reestruturar enquanto mantém as suas operações nesse tempo em que o contexto da lei operar.
Durante esse tempo em que vigora o capítulo 11, a empresa deve apresentar à justiça americana relatórios de tudo o que está sendo feito para que seja possível se reestruturar e continuar as suas operações, ou, ainda, solicitar sua falência ao final do processo, estando as duas opções à disposição tanto da FTX quanto da própria BlockFi.
BlockFi já conta com mais de 250 milhões de dólares em caixa, mas as suas dívidas são muito maiores
Enquanto a BlockFi já conta com mais de 250 milhões de dólares para quitar seus credores, uma das suas afiliadas, nas Bermudas, já entrou com um pedido de recuperação judicial nos moldes da lei do país. No entanto, nas Bermudas o pedido da afiliada à BlockFi é um tanto quanto mais oneroso, porque a empresa conta com ativos e passivos, respectivamente, na ordem de 1 e 10 bilhões de dólares – o valor exato da dívida da empresa não foi especificado.
Dentre os credores da empresa temos a FTX US. A corretora, agora falida, tem um crédito de mais de 270 milhões de dólares junto à BlockFi, enquanto a SEC, outra dos seus credores, já conta com uma dívida de mais de 30 milhões de dólares.
No momento, no entanto, a maior credora da BlockFi é a Ankura Trust Company, que tem um saldo de 730 milhões de dólares junto à empresa concessora de crédito em criptomoeda.
Os outros 50 maiores credores da companhia não foram divulgados, mas se acredita que a soma passe da casa dos bilhões de dólares.
Devido ao caso da FTX, no entanto, essas pessoas e instituições estão distantes de sequer verem a cor do dinheiro depositado junto à BlockFi.
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