Atualizado em 29/12/2022 por Ana Luiza
A exchange de criptomoedas Kraken irá encerrar suas atividades no Japão no próximo mês, indicando mais um sinal de consolidação na indústria de moedas digitais.
Em um post em seu blog na quarta-feira, 28 de dezembro de 2022, a Kraken anunciou que encerrará os serviços de negociação de criptomoedas através de sua subsidiária japonesa, Payward Asia, e cancelará seu registro junto à Agência de Serviços Financeiros do Japão até o final de janeiro de 2023.
Esta é a segunda vez que a Kraken deixa o mercado japonês. Em 2018, a exchange encerrou suas atividades no país, após iniciá-las em 2014. Ela retornou ao Japão em 2020, após obter o registro regulatório necessário.
De acordo com a Kraken, o fechamento das operações no Japão é “parte dos esforços da empresa para priorizar recursos e investimentos em áreas que estão alinhadas com a sua estratégia e que posicionarão a Kraken para o sucesso a longo prazo”.
A Kraken citou uma combinação de “condições atuais de mercado no Japão” e um “mercado cripto globalmente fraco” como os motivos por trás de sua decisão de encerrar as operações no país.
Os clientes japoneses da Kraken terão até o final de janeiro para retirar suas criptomoedas e outras participações da plataforma, de acordo com a empresa. Eles poderão optar por transferir suas criptomoedas para uma carteira externa ou por sacar e transferir ienes japoneses para uma conta bancária no país.
Saiba mais: AXS: Token dispara 40% e traders avaliam o futuro da criptomoeda
Em janeiro a Kraken suspenderá depósitos dos seus clientes no Japão
A partir de 9 de janeiro, os usuários japoneses da Kraken não poderão mais depositar fundos em suas contas na exchange. No entanto, a funcionalidade de negociação continuará disponível para que eles possam converter seus saldos em ativos de sua escolha.
Atualemente a Kraken é uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, com um volume médio diário de negociação de cerca de US$ 408,9 milhões.
A Kraken, junto com outras grandes players do setor, tem adotado medidas de corte de custos nos últimos tempos. Em 30 de novembro, a empresa demitiu 1.100 funcionários, o que representa cerca de 30% de sua força de trabalho, uma medida que ela afirmou ser necessária para “se adaptar às condições atuais do mercado”.
Neste ano a indústria de criptomoedas foi atormentada por diferentes tipos de escândalos, de colapsos à falências, o que fez com que 2022 recebesse a alcunha de “annus horribilis” da indústria cripto.
Tudo isso começou com o colapso da rede Terra e, pelo menos ao que parece, encontrou um final nada feliz com a falência da FTX, com direito a prisões e até mesmo acusações criminais sérias envolvendo os grandes nomes da indústria até o momento.
Espera-se, pelo menos, que 2022, ainda que não tenha deixado um legado, tenha deixado lições.