Atualizado em 31/03/2023 por Ana Luiza
Nesta quinta-feira, o valor do Bitcoin (BTC) atingiu sua nova máxima do ano, chegando a US$ 29.124 durante a madrugada, mas logo em seguida sofreu uma desaceleração em sua valorização, chegando a perder brevemente o patamar de US$ 28 mil durante a tarde.
O ether, moeda nativa da rede Ethereum, também oscilou negativamente e voltou a ser negociada abaixo de US$ 1.800.
Analistas veem dificuldades para as criptomoedas avançarem mais diante de incertezas no campo macroeconômico com o ciclo de aperto nos juros, além das investidas dos reguladores dos EUA contra algumas das maiores corretoras de ativos digitais.
A SEC (CVM dos EUA) pediu o fechamento da Beaxy.com, startup cripto que atuava simultaneamente os negócios de bolsa, corretagem e clearing de criptoativos, entre outras irregularidades. Além dessa recente movimentação da SEC, a Binance segue também em seu radar.
Apesar das incertezas, o conjunto de criptomoedas soma US$ 1,22 trilhão de valor de mercado. O bitcoin caminha para encerrar março com alta de 21% e o ether, de 10%, com ganhos acumulados no trimestre de 70% e 50%, respectivamente.
No mercado de ações, a Nasdaq encerrou o dia com valorização de 0,73%. O mercado das criptomoedas segue volátil e sujeito a mudanças rápidas em seu valor, principalmente devido às incertezas em relação aos rumos da economia e a possíveis regulamentações governamentais.
A alta do Bitcoin é fortemente apoiada pelas expectativas em relação ao corte de juros na economia americana
O Bitcoin vem apresentando um desempenho positivo no início do ano devido a diversos fatores. Thiago Rigo, analista da Titanium Asset, argumenta que a expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos ao longo do ano, bem como a estabilidade dos sistemas bancários americano e europeu, têm impulsionado a criptomoeda.
A projeção de juros mais baixos tem sido positiva para os mercados em geral e tem levado o Bitcoin a superar outros ativos globais.
André Franco, chefe de pesquisa do MB, também atribuiu a alta do Bitcoin às notícias sobre a China tentando enfraquecer o dólar, o que teve um impacto positivo na criptomoeda.
Ele observa que o Bitcoin tem rompido sua alta anterior em US$ 28.700 e caminha em direção a uma região de novas máximas em torno de US$ 31.000.
Fernando Pereira, analista da Bitget, compartilha da visão de que o Bitcoin está prestes a atingir novas máximas, pois a criptomoeda está rompendo uma resistência importante.
Ele afirma que, mesmo que ocorra uma correção no curto prazo, a tendência de alta do Bitcoin deve continuar no longo prazo, fortalecendo o sentimento do mercado da criptomoeda de que ela segue como um dos melhores – entre os alternativos – investimentos do mercado.