Atualizado em 07/04/2022 por Redação
Política
Rede protocola pedido de impeachment contra ministro do Meio Ambiente
O partido também entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) do presidente da República, Jair Bolsonaro
Foto: Marcos Corrêa/PR
O Partido Rede Sustentabilidade protocolou, nesta quinta-feira (22), um pedido de impeachment contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, parlamentares do partido acusam o ministro de crime de responsabilidade.
A ideia inicial partiu do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), presidente da Comissão do Meio Ambiente do Senado, mas foi acolhida por outros membros do partido como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da Oposição e da Rede no Senado e a deputada Joenia Wapichana (Rede – RR), que assinaram o documento junto com Contarato. O pedido também indica que Salles cometeu atos incompatíveis com a função “ao perseguir agentes públicos”.
“Temos que entender que essa medida extrema não surgiu da noite para o dia. Só eu como senador já ajuizei oito ações em desfavor do Ministério do Meio Ambiente. Está havendo um verdadeiro desmonte na área ambiental”, disse Contarato.
De acordo com o senador, o pedido de impeachment de um ministro de estado é inédita no STF. “O Supremo está sendo convocado e os olhos da população, das organizações, da academia, dos cientistas, estarão voltados para a decisão do Supremo”, afirmou.
Os parlamentares, também por meio do partido, ingressaram com uma ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do próprio ministro do Meio Ambiente quanto à preservação do meio ambiente.
“O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais alertou sobre o aumento de 278% de desmatamento da Amazônia. E nada foi feito. A reação foi demitir o diretor. Precisávamos tomar uma posição no sentido de fazer com que cessasse”, disse Joenia Wapichana.
“Estão fazendo vistas grossas. Acabando com ações e parcerias como o fundo amazônico, que contribuía para o monitoramento. Estamos a mercê da omissão. O governo está agindo contra os povos indígenas. Há uma série de invasões de garimpeiros em terras indígenas. Nas terras Yanomami, são mais de 20 mil garimpeiros e nada foi feito para conter as invasões. O governo age para provocar”, completou.
“O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais alertou sobre o aumento de 278% de desmatamento da Amazônia. E nada foi feito. A reação foi demitir o diretor. Precisávamos tomar uma posição no sentido de fazer com que cessasse”, disse Joenia Wapichana.
“Estão fazendo vistas grossas. Acabando com ações e parcerias como o fundo amazônico, que contribuía para o monitoramento. Estamos a mercê da omissão. O governo está agindo contra os povos indígenas. Há uma série de invasões de garimpeiros em terras indígenas. Nas terras Yanomami, são mais de 20 mil garimpeiros e nada foi feito para conter as invasões. O governo age para provocar”, completou.