Atualizado em 18/09/2023 por Ana Luiza
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) está empenhada em entender e regular o impacto das tecnologias exponenciais, incluindo a blockchain, no setor elétrico brasileiro. Em um evento realizado na última sexta-feira (1), as empresas EDP e Celesc, juntamente com o Grupo de Pesquisas do Setor Elétrico (Gesel/UFRJ), apresentaram os resultados de um Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) focado nos “Desafios de Estabelecer Incentivos Regulatórios Corretos na era das Tecnologias Exponenciais”.
O diretor da ANEEL, Hélvio Neves Guerra, lideranças do setor e representantes de associações e empresas se reuniram para discutir os impactos dessas tecnologias na legislação, regulação e paradigmas vigentes do setor elétrico. O objetivo principal do projeto foi alinhar o setor elétrico com as tendências tecnológicas emergentes, propondo ajustes ao framework regulatório para promover a adoção dessas tecnologias e criar um ambiente de negócios sustentável.
Três pilares da pesquisa da ANEEL
A pesquisa se concentrou em três pilares fundamentais: o novo perfil dos consumidores de energia elétrica, a economia digital e os recursos energéticos distribuídos. Uma análise abrangente das tecnologias exponenciais no setor elétrico revelou seis principais tecnologias que terão um impacto disruptivo no futuro: gerenciamento e processamento de dados (Big Data, Data Analytics e aprendizado de máquinas); serviços de nuvem; blockchain; internet das coisas; realidade virtual; tecnologias de rede e interconectividade.
De acordo com a ANEEL, a blockchain se destaca como uma tecnologia que oferece segurança e granularidade nas transações, possibilitando o comércio de energia elétrica sem a necessidade de intermediários.
Incentivos regulatórios e nova realidade
O PDI propôs mecanismos regulatórios que podem ser adotados pela ANEEL para enfrentar os desafios atuais do setor elétrico. O projeto estabeleceu quatro objetivos para a modernização regulatória e delineou uma agenda de ações para impulsionar a inovação regulatória.
O diretor Hélvio destacou a importância desse trabalho, salientando a necessidade de adaptar o sistema elétrico a novas tecnologias, como energia eólica e fotovoltaica, e garantir que as políticas públicas estejam alinhadas com essa nova realidade.
A blockchain, com sua capacidade de proporcionar transações seguras e diretas, surge como uma tecnologia promissora que pode revolucionar o comércio de energia elétrica no Brasil. A ANEEL está comprometida em promover a pesquisa e aprimorar o sistema elétrico do país para enfrentar os desafios e oportunidades que essas tecnologias trazem.
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