Atualizado em 09/01/2023 por Ana Luiza
Os investidores que estavam esperando por uma definição sobre o Bitcoin após o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) divulgar sua ata foram obrigados a esperar mais tempo.
Embora o Bitcoin tenha ameaçado um aumento de preço, ele não conseguiu ultrapassar os US$ 17.000 e voltou a ser negociado na mesma faixa em que vem operando nos últimos 20 dias.
Às 7h, o Bitcoin apresentou uma leve queda de 0,3%, sendo negociado a exatos US$ 16.805. A criptomoeda reagiu de maneira neutra à ata mais dura do que o esperado do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), mas isso não foi suficiente para impedir uma sessão positiva nas bolsas de Nova York.
O Federal Reserve (Fed) informou que os aumentos de preços continuam sendo persistentes e mais duradouros do que o previsto. Essas observações foram feitas durante a reunião que resultou no aumento de 0,5 ponto percentual dos juros americanos, 0,25 ponto a menos do que nos quatro ajustes anteriores.
Devido a isso, os participantes do mercado estão observando a possibilidade de os ganhos nas bolsas serem revertidos nesta quinta-feira (5), com os futuros do Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuando 0,20%, 0,21% e 0,30%, respectivamente.
As criptomoedas alternativas ao Bitcoin, conhecidas como altcoins, continuam aproveitando o período de estagnação da principal criptomoeda do mercado e estendendo seus ganhos nesta quinta-feira, com destaque para o avanço de quase 8% da Chiliz (CHZ), criptomoeda da empresa especializada em fan tokens Socios.com. Além disso, o Ethereum Classic (ETC) e o Ethereum Pow (POW), “clones” do Ethereum (ETH), subiram 5,6% e 3%, respectivamente.
Investidores esperam que a taxa de juros dos EUA diminua para que seja possível ver a recuperação nos preços das criptomoedas
Os investidores que consideravam o aumento dos juros como a principal barreira para a recuperação dos preços agora estão mais atentos às crises internas do setor, observando os efeitos da queda do projeto Terra, do hedge fund Three Arrows e da corretora FTX.
Atualmente, os investidores estão preocupados com a possibilidade de um novo evento de cisne negro ser provocado pela eventual quebra da gigante criptomoeda Digital Currency Group (DCG). A DCG é proprietária da maior gestora de ativos digitais do mundo, a Grayscale, cujos fundos têm cotas altamente descontadas e pode ser obrigada a liquidar ativos no mercado para cobrir um suposto déficit deixado pela corretora Genesis.
A exchange Genesis, que faz parte do mesmo grupo e interrompeu os saques de clientes em novembro, precisa de mais tempo para resolver a situação financeira da empresa, disse o CEO interino Derar Islim ontem.
A situação da Genesis e de sua controladora Digital Currency Group ganhou um novo episódio nesta semana após o cofundador da ex-parceira Gemini, Cameron Winklevoss, criticar Barry Silbert, CEO do DCG, por “táticas de má fé” na tentativa de reestabelecer o funcionamento da corretora.