Bitcoin perde correlação com ações e pode chegar a 31 mil dólares, apesar da desaceleração

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Bitcoin perde correlação com ações e pode chegar a 31 mil dólares, apesar da desaceleração

Atualizado em 21/03/2023 por Ana Luiza

O preço do Bitcoin (BTC) atingiu sua máxima histórica em US$ 28.504, mas logo desacelerou na tarde desta segunda-feira, apesar dos mercados de ações terem tido um dia positivo após a venda do Credit Suisse para o UBS.

A criptomoeda, no entanto, manteve-se negociada acima de US$ 28 mil durante todo o dia e, no ano, registra uma alta de 69%. Analistas observam que o Bitcoin perdeu, pelo menos momentaneamente, a correlação com os mercados de ações, especialmente com a Nasdaq, devido aos fundamentos semelhantes com as empresas de tecnologia.

A criptomoeda subiu mais de 27% nos últimos sete dias, em meio à crise bancária, por ser vista como uma alternativa de proteção contra o risco sistêmico das finanças tradicionais.

Os especialistas apontam que, após vencer o patamar de resistência de US$ 25 mil, o Bitcoin poderá buscar a cotação entre US$ 30 mil e US$ 31 mil, perdida em junho do ano passado com a quebra da Celsius, empresa que fazia empréstimos por meio de criptomoedas.

Com essa marca, a maior das moedas digitais voltará ao patamar de preço da época da implosão do sistema Terra Luna, que empurrou as criptomoedas para o chamado inverno do criptoativos em maio do ano passado.

Ayron Ferreira, chefe de análise da corretora Titanium Asset, destaca que, antes, a correlação era forte com o S&P 500 e a Nasdaq, mas agora o preço do Bitcoin parece ter criado vida própria e sobe junto com o ouro, ativo historicamente conhecido como reserva de valor e que está indo rumo a novas máximas históricas.

Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move, acredita que o Bitcoin deve oscilar entre US$ 30 mil e US$ 31 mil nos próximos dias, quando enfrentará uma nova resistência, mas também pode descer até US$ 23 mil, ponto de suporte em que os compradores agiriam para comprá-lo. Ele prevê que a criptomoeda oscilará em US$ 40 mil a maior parte deste ano.

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Se o Bitcoin piorar em sua posição, o impacto poderá ser sentido em toda a renda variável

O analista Fernando Pereira, da Bitget, prevê que o Bitcoin enfrentará uma nova resistência em torno de US$ 28,5 mil antes de atingir um novo pico em US$ 31 mil, que poderá ser o topo de curto prazo antes de uma correção agressiva.

Enquanto isso, as criptomoedas estarão sob teste com a decisão de política monetária do Federal Reserve, que pode afetar os mercados de renda variável e criptomoedas, caso haja um aumento nos juros. No momento, o Bitcoin está sendo negociado a US$ 28.189 e o Ether a US$ 1.771,55, com movimentos de alta e baixa nas últimas 24 horas.

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